Uma das principais chaves presentes nos livros de Castaneda, pra quem está iniciando o caminho tolteca, é: internalize o princípio de reduzir a sua auto importância.
Se você não tem importância pessoal, como diz dom Juan, você é invulnerável.
Se você é importante, tudo, inclusive as ofensas que só existem na sua imaginação, podem te afetar.
Assumir esse princípio é ir na contramão da sociedade. A sociedade diz que você tem que se dar importância. “Se você mesmo não se der importância, ninguém te dará.”
Quando a nossa pessoa se torna importante, nossos caprichos se tornam importantes, e consomem toda a nossa energia. Nossa auto imagem se torna importante, todo pensamento que diz respeito a nossa vida pessoal se torna importante, e o que os outros pensam de nós se torna importante. O poder sobre a nossa vida está todo dispersado e fora das nossas mãos.
Quando internalizamos o princípio de reduzir nossa importância própria, a vida diária se torna um campo rico de situações que nos oferecem a oportunidade de acumular energia abrindo mão da nossa vaidade. Cada uma delas é uma pequena morte. E cada pequena morte é também a morte de uma velha perturbação, de uma velha preocupação, de um velho processo de pensamentos recorrentes. E o paradoxo é que, a cada pequena morte, você se descobre mais viv@, mais seren@ e mais presente.
— J Christopher
(Imagem: Inocência – Tarô zen)