“Quando estamos no reino da 1a atenção, da atenção do lado direito, a 2a e a 3a atenção se confundem e não sabemos distinguir uma da outra…
É só quando Experimentamos, Somos e Vemos a 2a atenção que distinguimos a 2a da 3a.
É o que os novos videntes chamavam de “delinear o desconhecido do incognoscível”.
Os antigos videntes nunca entenderam de fato a 2a atenção, pois nunca se desidentificaram de suas formas, nunca se desprenderam da 1a para poder Ver a 2a objetivamente.
Se tornaram mestres em manipular a 2a atenção, ao mesmo tempo em que se perderam em suas complexidades e imensidão,
um campo vasto de possibilidades perceptivas e desconhecidas e mundos e seres que podemos alinhar…
É muito difícil experimentar a 2a atenção a partir do corpo físico se somos homens e permanecemos monodestros!
E é muito difícil se dar conta de que estamos experimentando ela o tempo todo e expressar o que sabemos se somos mulheres e permanecemos monodestras.
Ficamos literalmente vítimas de explicar tudo pelos olhos do tonal, a não ser por aqueles e aquelas que pararam a 1a atenção através de intensos esforços, ou que receberam o presente da Águia.
O lado não utilizado do corpo precisa de tempo/experiência/atenção,
de que sintamos, pensemos e atuemos através dele,
até que o lado esquerdo possa se constituir no centro do Conhecimento Silencioso.
Práticas meditativas ajudam a tocar a 2a atenção, mas têm esse inconveniente de geralmente precisarmos parar tudo o que estamos fazendo pra conseguir parar a 1a atenção e permitir que a 2a emerja.
Substâncias de poder permitem tocar a 2a atenção mas não permitem nos espreitarmos indefinidamente naquela posição.
Enquanto que, sendo Ambidestros, através do Lado Esquerdo podemos retomar o contato direto com a 2a atenção
sem precisarmos interromper nossas atividades, e usando ou não substâncias de poder.
E criamos as bases físico-mentais para ter um vislumbre direto da Liberdade que reside no Meio.
Em um ser ambidestro, o lado esquerdo do corpo físico é a casa natural da 2a atenção, e o lado direito do corpo físico a casa natural da 1a atenção.”
– Tito Roman