As histórias pessoais são narrativas internas que atravessam nossa atenção e monopolizam a percepção. Elas ofuscam o silêncio a partir do qual é possível lembrar das premissas básicas que regem nossas experiências.

A auto argumentação, as crenças, as justificativas, a identificação com o passado e com alguns elementos tonais estão constantemente gerando ruídos e fixando as interpretações de mundo.

Logo, somos tão sorrateiramente envolvidos por essas sugestões internas, que não nos resta dúvidas de que a vida tonal é sobre seguir tal caminho ou escolher entre “isso”, “aquilo” ou “aquele lá”, ainda que nenhuma das opções possa fazer muito sentido.

Comportamo-nos como autômatos e esquecemos de questionar a natureza anterior a aparente condição refém a que nos vemos submetidos.

O ‘mundo externo’ dá as cartas da nossa vida e nós temos que escolher a menos pior… Ou estamos intentando que assim seja a experiência?

A limpeza que precisamos fazer das nossas narrativas internas, permite que aos poucos possamos conceber com nossa totalidade.

Tudo é intento.

E ao cavucar as camadas das nossas narrativas pessoais, podemos ir removendo os filtros ilusórios, as fixações, que conferem importância às nossas identidades. Fazendo isso, vamos aprendendo a contemplar as experiências de nossas vidas pelo que elas são: expressões de intentos.

Intentos que aprendemos a intentar, sem consciência do que estivemos e estamos fazendo.

Olhar para essas camadas de nossas vidas, permite que possamos resgatar a energia investida nesses intentos inconscientes, para então reuní-la no presente e retomar com solidez nosso canal de comunicação com o espírito.

— Satu Loa

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