Enquanto a meta dos bruxos antigos é o poder e a sobrevivência da individualidade, os novos videntes descobriram e estabeleceram a possibilidade de estar conscientes da TOTALIDADE DO SER como sua meta.

Mas qual é a diferença entre individualidade e totalidade?

Os toltecas veem que todo ser vivo é uma bolha de percepção, um tonal, rodeada pelo mar da consciência: o nagual. O corpo físico é a maneira como essa bolha é interpretada pelos sentidos. A morte ocorre quando esta bolha é rompida e assimilada pelo mar da consciência.

Na compreensão dos toltecas, estar vivo é estar consciente.

Para os antigos, isso significava preservar esta bolha. Por isso focaram seus melhores esforços em encontrar maneiras de prolongar a existência dela.

Já os novos videntes, ao aprenderem a reduzir a importância pessoal e se espreitar, isso é, ao espreitarem de onde surge a consciência, compreenderam que a consciência /o nosso sentido de ser NÃO ESTÁ limitada à bolha da individualidade. Ela surge do próprio mar escuro da consciência.

E que o nosso sentimento de sermos uma bolha, ou forma, e de precisar defendê-la, é resultado de um esquecimento. É resultado da CONSCIÊNCIA ter se esquecido da totalidade de si mesma.

Ao estar consciente de si em sua totalidade, a consciência aparentemente individual, contida na bolha, e o mar da consciência, fora da bolha, se “reconectam” e LEMBRAM que são uma só consciência ininterrupta. Esse processo, ou o início dele, foi chamado de “perda da forma humana”.

O esquecimento da nossa verdadeira natureza é o resultado da identificação com o tonal, com a nossa pessoa. Ela leva ao sentimento de importância pessoal, e à fixação da nossa atenção nas coisas do mundo, que se tornam importantes enquanto extensões da nossa própria personalidade, consumindo assim toda a nossa atenção.

Com uma atenção fragmentada e comprometida, somos incapazes de DAR ATENÇÃO à totalidade de nós mesmos, e por conseguinte, de intuir ou nos lembrarmos dela.

Por isso, o caminho do guerreiro é a maneira formulada pelos novos videntes para que se possa progressivamente integrar seus dois lados e recuperar a totalidade do seu ser, ou “perder a forma”.

Nós, do Célula Nagual, acrescentamos que para as mulheres não se trata tanto de um processo de “perder a forma”, mas mais de um processo de “integrar” a forma.

Agradecemos a sua atenção ao longo desta série inicial de 9 posts!

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— Célula Nagual

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2 comentários sobre “3.3 A Totalidade do Ser

  1. Avatar Bastien disse:

    Com o alinhamento do ponto de aglutinação em novas emanções – livres;- ao acessar aquels mundos ” totais” , há algum ”iten” ,na qual a atenção sonhadora possa ” ancorar” com facilidade?!?! para se intentar um ” simbolo” e acessar pelo ensonhar , novamente aquela ” nova proposta de mundo”.

    1. Avatar Nagualismo disse:

      Qualquer item daquele alinhamento, que carregue e remeta ao sentimento daquele alinhamento, incluindo a própria lembrança daquele alinhamento, é uma chave para acessar novamente aquele alinhamento. É uma questão de preencher os três requisitos do intento: frieza, audácia e abandono.

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