Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

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Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata a explicação de don Juan sobre os princípios fundamentais da feitiçaria, estabelecidos por brilhantes mas obsessivos «feiticeiros da antiguidade». Don Juan contrasta o foco deles no poder concreto com a busca dos feiticeiros modernos pela liberdade abstrata. A principal descoberta dos antigos foi a capacidade de perceber a energia diretamente, que eles chamaram de «ver». Isso levou à identificação da forma de energia humana como um «ovo luminoso» e sua característica crucial: o «ponto de aglutinação», um ponto de brilho que reúne os filamentos da energia universal em nossa percepção do mundo. Castaneda aprende que deslocar este ponto — seja como um «desvio» dentro do ovo luminoso ou um «movimento» para fora dele — é a chave para perceber outros mundos e é a base para a «segunda atenção» e a «arte de sonhar», que é definida como o deslocamento voluntário do ponto de aglutinação durante o sono.

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O segundo portão do sonhar – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda detalha sua jornada através do «segundo portão do sonhar». Depois de dominar o primeiro portão desenvolvendo sua «atenção de sonhar», ele é instruído por don Juan que a próxima tarefa é aprender a passar de um sonho para outro. Essa prática o leva a sentir sobressaltos de medo, que don Juan revela serem os contatos iniciais com entidades conscientes e não biológicas chamadas «seres inorgânicos». Esses seres são atraídos pela carga energética criada pelos sonhadores. Depois que os sonhos de Castaneda se fixam em dois seres inorgânicos em forma de vela, don Juan o guia para confrontá-los no mundo desperto. Castaneda luta fisicamente com um dos seres, um ato que estabelece uma conexão «aquosa» ou emocional que, segundo don Juan adverte, é perigosa e pode levar à dependência, embora abra a porta para a formação de alianças e a exploração de outros mundos.

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A fixação do ponto de aglutinação – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, don Juan introduz o conceito da «espreita» como a arte de fixar o ponto de aglutinação, que é crucial para alcançar a «coesão» perceptual nos novos mundos acessados através do sonhar. Ele explica que a voz misteriosa que Castaneda tem ouvido em seus sonhos é o «emissário do sonhar», uma energia consciente mas impessoal do reino dos seres inorgânicos, na qual ele adverte contra confiar. Para ilustrar a longa e complexa história das interações dos feiticeiros com tais forças, don Juan conta a história do «inquilino», um feiticeiro desafiador da morte da antiguidade que sobrevive por milênios formando uma relação simbiótica e de drenagem de energia com sua linhagem de naguais. O capítulo culmina com Castaneda realizando um exercício prático de espreita da percepção, usando um mesquite para fixar um minúsculo desvio de seu ponto de aglutinação, o que o mergulha em um outro mundo totalmente sensorial e destaca a diferença entre o «desconhecido humano» procurado pelos antigos feiticeiros e o «desconhecido не-humano» que é o objetivo dos modernos.

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O mundo dos seres inorgânicos – A Arte de Sonhar

Este capítulo detalha a primeira jornada intencional de Castaneda ao mundo dos seres inorgânicos. Ele aprende a identificar seus «batedores» — elementos incongruentes em seus sonhos — e, seguindo o método dos antigos feiticeiros, expressa sua intenção de seguir um. Ele é puxado para uma vasta dimensão esponjosa e cheia de túneis, que o emissário do sonhar explica ser o interior de um ser inorgânico maciço. O emissário atua como um guia, ensinando a Castaneda como navegar nesta nova realidade e revelando que foi assim que os feiticeiros da antiguidade aprenderam os segredos do sonhar. Don Juan o adverte dos perigos, explicando que os seres inorgânicos são predadores da consciência que aprisionam os sonhadores ao satisfazer seus desejos. Ele narra a história de advertência do nagual Elias e sua parceira Amalia, que foram transportados corporalmente para aquele mundo e se tornaram seus prisioneiros, enfatizando o risco supremo de confiar nessas entidades ou de se tornar excessivamente confiante em seu próprio controle.

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O Mundo das Sombras – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda aprofunda-se nas complexidades do sonhar e do mundo dos seres inorgânicos, guiado pelos ensinamentos de don Juan. Ele aprende que o “segundo portão” do sonhar não se trata apenas de mudar de sonhos, mas de isolar e seguir batedores energéticos de outro universo. Castaneda descreve seus encontros com várias formas de seres inorgânicos, incluindo “sombras” e um emissário, e os desafios de navegar em seu mundo sem sucumbir à sua influência. Don Juan o adverte sobre os perigos de ser “escolhido” por um ser inorgânico aquático e as armadilhas sutis que eles armam. O capítulo culmina com o encontro emocional de Castaneda com um “batedor prisioneiro” na forma de uma menininha, levando-o a perceber uma conexão profunda e uma necessidade desesperada da orientação de don Juan.

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O Batedor Azul – A Arte de Sonhar

Após uma perigosa experiência de sonho, Carlos Castaneda acorda gravemente esgotado de energia na casa de don Juan, descobrindo que foi retirado do mundo dos seres inorgânicos. Seus companheiros, especialmente Florinda Grau, explicam seu “ferimento energético” e como ele foi “recarregado” com uma nova energia perturbadora. Don Juan finalmente revela que o corpo físico de Castaneda foi abduzido por seres inorgânicos depois que seu corpo energético entrou no reino deles para libertar o batedor azul. Don Juan, junto com Carol Tiggs e outros, interveio para resgatá-lo, deslocando seus pontos de encaixe. O capítulo destaca a natureza sem precedentes desse evento em sua linhagem e as graves implicações para o futuro de Castaneda, pois ele agora é encarregado de libertar o batedor, um desafio que don Juan sugere que ele pode resolver consultando o emissário.

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O Terceiro Portão do Sonhar – A Arte de Sonhar

Carlos Castaneda entra no terceiro portão do sonhar, onde o objetivo é fundir sua realidade de sonhar com a realidade diária, consolidando seu corpo energético. Ele luta contra a compulsão de ser absorvido por detalhes mundanos em seus sonhos, um desafio que don Juan atribui à inexperiência do corpo energético. Don Juan enfatiza o papel do ponto de encaixe nesse processo e revela que o corpo físico de Castaneda foi abduzido por seres inorgânicos, sendo resgatado por don Juan e seus companheiros, incluindo Carol Tiggs, que coletivamente deslocaram seus pontos de encaixe. Castaneda aprende que sua dificuldade em se mover em sonhos se deve à tentativa de “andar” com seu corpo energético, quando deveria deslizar ou planar. Don Juan então define a próxima tarefa: praticar ver energia em seus sonhos, a verdadeira medida para determinar se ele está em um mundo real ou em uma mera projeção fantasma.

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A Nova Área de Exploração – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda progride para a “nova área de exploração” no sonhar, focando em ver energia ao verbalizar sua intenção. Ele relata suas lutas iniciais com essa prática, pois itens em seus sonhos desapareciam ou mudavam. Don Juan explica que seus sonhos anteriores eram meras “projeções fantasmas” e que a verdadeira visão ocorre quando o corpo energético percebe itens geradores de energia em um mundo real. Castaneda descreve um sonho vívido onde ele viu objetos brilharem e encontrou uma energia agressiva e odiosa. Don Juan revela que esta foi uma jornada real para outra camada do universo, onde uma entidade o atacou devido à sua “disponibilidade”. Don Juan revela ainda a profunda e perturbadora verdade de que a energia que os feiticeiros usam para mover seus pontos de encaixe vem do reino dos seres inorgânicos, um legado dos antigos feiticeiros. Apesar do perigo, Castaneda é instado a continuar suas práticas, manter a impecabilidade e buscar a liberdade “espreitando” sutilmente os seres inorgânicos e tomando sua energia sem sucumbir à influência deles.

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Espreitando os Espreitadores – A Arte de Sonhar

Carlos Castaneda relata suas dificuldades com o colapso da fronteira da segunda atenção, levando à fadiga e à necessidade de ajuda de don Juan. Don Juan propõe “espreitar os espreitadores” como a tarefa final do terceiro portão do sonhar, que envolve extrair deliberadamente energia do reino dos seres inorgânicos para realizar uma proeza de feitiçaria: uma jornada usando a consciência como um elemento energético. Carol Tiggs se junta a Castaneda para essa empreitada perigosa. A tentativa deles resulta em uma inesperada e aterrorizante abdução de seus corpos físicos para um mundo desconhecido pelos seres inorgânicos, uma armadilha anteriormente preparada para os antigos feiticeiros. Don Juan explica que sua energia combinada, embora substancial, não foi o fator principal em sua jornada; a manipulação dos seres inorgânicos foi. Ele os adverte que sua situação única os torna alvos e os aconselha a evitar um ao outro para evitar futuras abduções. As práticas de sonhar de Castaneda são então reorientadas para ver energia em vários estados.

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