O Nagual se comunica conosco frequentemente com sinais. E esses sinais tendem a se tornar ainda mais fortes e diretos a medida que o poder pessoal vai aumentando. Mas a mente racional tem dificuldade em captar esses sinais, pois costuma já ter uma ideia fixa de como as coisas devem ser, e acaba passando batida por eles.
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Um dos desafios, é ter a presença de espírito de perceber os sinais; outro é de ter sensibilidade de captar o “tom” deles; e por fim, tem o desafio de saber confiar neles.
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Os sinais costumam vir como resposta às nossas intenções, onde o Nagual nos confirma se vai ser favorável ou não agir, ou como avisos para situações que se apresentam ou vão se apresentar a nós, indicando o que esperar dessas situações.

Os bruxos e bruxas sabem por experiência que o primeiro acontecimento dentro de uma série de eventos carrega em si um mapa cheio de indicações do que esta por vir mais adiante.
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Alguns exemplos pra ilustrar: um guerreiro, que trabalhava com uma máquina de cortar grama pela primeira vez, faltando pouco pra acabar o trabalho, pensou que deveria parar e colocar mais óleo na máquina. Resolveu porém terminar logo o que tinha começado, e a máquina enroscou num pedaço de grama que a segurou. Entendeu aquilo como um sinal. Ainda assim, insistiu em terminar logo, ligou a máquina e ela queimou pouco depois.
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Outra história é de uma jovem que estava resolvida a ir morar com o namorado. No dia em que resolveu fazer a mudança, uma ventania descomunal e bruta soprou na rua, impedindo os dois de andarem. Sentiu aquilo como uma resistência, mas convencida a agir, seguiu em diante, e o casamento acabou sendo uma série de problemas para os dois.
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Quando as coisas fluem com facilidade e sincronicidade, costuma ser um sinal de que o Nagual está abrindo o caminho.
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Às vezes pode ser um celular que acaba a bateria ao ir mandar uma certa mensagem. Um ônibus que se perde ao ir para uma entrevista de emprego. Ou uma frase que se escuta de algum lugar aleatório que responde a uma dúvida interna. Os sinais também vêm às vezes com símbolos que tem um significado pessoal, como ver um número que tem um sentido especial pra você no boné de uma pessoa que te olha e sorri quando está a caminho de algum encontro especial. Ou um galho que se quebra no momento que pensa alguma coisa.
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O vento e o clima, alias, são canais frequentes de manifestação do Nagual. Costuma acontecer às vezes de encontros sinalizados pelo Espírito serem anunciados com um redemoinho de vento, ou alguma atividade incomum de animais. E de intenções para o dia seguinte, serem confirmadas positivamente ou não por um céu aberto ou um tempo fechado. Alguns brujos que sabem se orientar nas 4 direções aprendem além disso a notar a direção do vento pra interpretar com mais precisão o teor do sinal.

Os sonhos são um canal fortíssimo. Ocorre de sonhos trazerem em suas situações um retrato nu, preciso, condensado e cheio de detalhes de situações que estão ocorrendo ou vão ocorrer.
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Por não serem lineares, sinais são sempre captados pelo nosso Sentir, e geralmente acompanhados ou precedidos de um pensamento direto que ajuda a contextualizar. Mas a racionalização acaba trazendo a dúvida. Faz parte do aprendizado estar consciente da escolha de seguir ou não o sinal, ver no que dá, e então ir desenvolvendo a confiança neles.

– Jeremy Christopher

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