“O mundo como conhecemos e a realidade que somos compelidos a viver é apenas uma descrição. Uma ínfima parcela de todo o caos miraculoso e infinito que está ao nosso redor. É uma descrição sustentada pelas convenções sociais e todas as suas cadeias socializantes, que muda dinamicamente conforme a cultura vigente e o tonal dos tempos daquele momento.
Num certo sentido isso é necessário, pois é uma forma do tonal conseguir dar um mínimo de ordem e sentido nesse turbilhão energético e vibracional que estamos mergulhados, a fim de facilitar nossa passagem por aqui. Por outro lado, o tiro pode sair pela culatra, e nossa percepção primária acaba se tornando nossa prisão. E a situação piora ainda mais quando essa percepção primária que nos faz viver em sociedade e ter uma visão de mundo mais ou menos comum, é direcionada por fatores externos com o intento de limitar nossa percepção e acabar com nossa capacidade de análise e de ter uma visão crítica de tudo que está acontecendo ao nosso redor.
A Matrix, essa visão de mundo arranjada que nos foi enfiada “guela” abaixo tem esse objetivo: enfraquecer tanto homens quanto mulheres, para que ambos não consigam desenvolver todo seu poder pessoal e consequentemente, aumentar sua consciência e percepção. Faz parte da agenda “deles”. “Eles” sabem que homens e mulheres tem configurações energéticas totalmente diferentes, e com isso ambos enxergam o mundo e a vida de formas diferentes; assim a mecânica é diferente quando o assunto é transformar seres luminosos em ovelhas. Existem estratégias específicas para manipular e controlar o comportamento de cada sexo.
No caso dos homens, que é o assunto da nossa reflexão, a situação é dramática. Nunca na história da humanidade tivemos seres humanos do sexo masculino tão fracos e idiotas. Hordas de homens no mundo todo vagam inquietos pelo paraíso artificial da Matrix sem saber lidar com as questões contemporâneas. Pobres diabos que por mais que estejam ricos financeiramente ou ostentem em redes sociais, estão miseráveis por dentro, afogados em autopiedade, autoimportância, angústia e infelicidade. Na hora de dormir se perguntam aonde erraram ou onde se perderam.
Impressionantemente parecem crianças profissionais desesperadas por atenção, reconhecimento e amor. Não sabem lidar com questões como a globalização, a mudança de geração, a tecnologia e suas consequências no mercado de trabalho, o feminismo, o dinheiro, a política, poder pessoal e energia, as redes sociais, os relacionamentos amorosos, o politicamente correto, pressão por resultados, a pornografia, o trabalho, seus instintos ou sua configuração energética.
Homens sem Poder Pessoal. Perderam sua conexão com o Infinito.
Perdidos na descrição de mundo que a Matrix impõe e presos na sua história pessoal e na descrição de si mesmos, já cristalizada neles. Seres inseguros e com a Vontade totalmente atrofiada.
Eles não sabem que podem mais. Ou sabem, mas não tem culhões de correr atrás disso e fazer acontecer. A maioria dos homens prefere continuar na zona de conforto, amarrados à essa descrição matrixiana pobre e debilitante, do que enfrentar o deserto do mundo real e assumir a responsabilidade por estar aqui, nesse mundo fantástico, nesse tempo maravilhoso.
A primeira coisa a fazer é romper com essa descrição que somos compelidos a aceitar e participar. “Parar o mundo”. E começar a “ver” o mundo como ele realmente é. A partir dessa visão reveladora e monumental é que um homem poder realmente saber quem ele é no universo e quais suas potencialidades, para então começar a agir de acordo com esses fatos energéticos, e não de acordo com convenções sociais impostas e debilitantes.
É o Homem deixando de ser um gatinho domesticado e começando a se tornar o Leão Selvagem que é seu destino por direito, como ser mágico que é.”
– Juan Tuma