“A recapitulação quando bem feita, em alguns momentos, pode ser muito pesada e cruel. Eu sei disso. Passei por isso.

Para reviver com sobriedade e frieza algumas ações do passado tem que ter estômago. É difícil olhar pra dentro e dar de cara com fraquezas, falhas, atos desaprováveis e fracassos. O conceito de que não existem derrotas ou vitórias e só existem desafios é posto a prova nesses momentos. Se essa máxima não estiver bem internalizada na hora da recapitulação, o guerreiro desaba quando se confronta com algumas feridas profundas, mas abertas.

Uma forma de amenizar essa pancada e poder extrair dela somente a visão dos seus padrões e condicionamentos e o que vc quer energeticamente, sem o peso da autopiedade, do arrependimento e do remorso, é a pratica da loucura controlada.

Não dê tanta importância para os seus atos e para os atos das outras pessoas que vc interagiu. Eles são importantes, mas não mais importantes do que qualquer outra coisa.

Um velho nagual dizia que as vezes confundimos o mundo com o que as pessoas fazem no mundo. E o que as pessoas fazem no mundo de forma alguma pode ser mais importante do que o mundo em si e todos os mistérios que o compõe e o cercam.

Enxergue tudo que aconteceu com vc e o afeta tanto, à luz da sua morte.

Será que isso é ou foi tão importante assim?

Leve as coisas mais para o lado impessoal.

Tudo é uma peça do quebra-cabeça.

Enxergar claramente antes de tudo estar encaixado é uma questão de percepção. Continue recapitulando e aos poucos a névoa vai se dissipando, as coisas vão clareando e você começa a “ver” o quadro inteiro. Vai percebendo que tudo era pra acontecer como aconteceu.

E nesse ponto, vc vai perceber que vc é a soma dos seus desafios.

E que os desafios, derrotas ou vitórias, são peças do quebra-cabeça.”

– Juan Tuma

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