consciência

O Presente da Águia – A Regra do Nagual

Este capítulo mergulha na mitologia fundamental do mundo dos feiticeiros, que Castaneda chama de «a regra do Nagual». Ele narra como Don Juan, após um encontro quase fatal, foi iniciado nesta regra por seu próprio benfeitor. A regra descreve a Águia, uma imensa força cósmica que consome a consciência de todos os seres após a morte. No entanto, a Águia também oferece um dom: uma chance de escapar desse destino e alcançar a liberdade, mantendo a própria consciência. Para guiar os seres a essa liberdade, a Águia criou o Nagual, um ser duplo que se apresenta em um par masculino/feminino. O capítulo detalha a estrutura específica da partida de um Nagual — composta por quatro tipos de guerreiras (as quatro direções) e quatro tipos de guerreiros homens — e descreve suas características luminosas, suas tarefas de sonhar e espreitar, e o dever cíclico de cada Nagual de encontrar e treinar uma nova partida antes de deixar o mundo.

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O Presente da Águia – O Grupo do Nagual

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata seus primeiros encontros formais com os guerreiros do grupo de don Juan, estruturados como uma série de apresentações correspondentes aos quatro pontos cardeais. Cada encontro é uma experiência bizarra e frequentemente desconcertante, concebida como uma lição de espreita e desatino controlado, forçando-o a confrontar sua própria importância pessoal e suas noções preconcebidas. Castaneda é apresentado a uma série de indivíduos únicos e poderosos, incluindo os sonhadores e os espreitadores que guardam os portões do mundo do Nagual, o enigmático líder Silvio Manuel, e Florinda, que é designada como sua futura guia na arte da espreita.

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O Lado Ativo do Infinito – Quem era Juan Matus, realmente?

Neste capítulo, Castaneda reflete sobre seu primeiro encontro verdadeiro com don Juan, percebendo que a imagem mental que ele havia construído era totalmente falsa. O verdadeiro don Juan é poderoso, atlético e vital. Ao chegar, don Juan realiza um “quase-tapa” sem contato físico que instantaneamente leva Castaneda a um estado de profunda clareza e paz. Don Juan então se apresenta formalmente como Juan Matus, o “nagual” ou líder de uma linhagem de feiticeiros de 27 gerações. Ele explica que a feitiçaria não é bruxaria, mas a habilidade de perceber a energia diretamente, um estado de consciência que diferencia os feiticeiros. Ele revela que o encontro deles foi orquestrado pelo “intento do infinito”, que ele descreve como um “tremor no ar” palpável, e que ele estava procurando um sucessor com uma dupla configuração energética — o novo nagual — que ele encontrou em Castaneda. Ele descreve os naguais passados como sendo “vazios”, refletindo não o mundo, mas o infinito, uma qualidade que Castaneda mais tarde percebe que don Juan encarna perfeitamente.

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A Espreita como Bondade Invisível

No caminho do guerreiro, a espreita é uma arte sutil, muitas vezes mal compreendida. Associada à vigilância interna, ao controle dos automatismos e ao domínio da conduta, ela pode parecer, à primeira vista, um exercício solitário — uma técnica voltada

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Grandes Bandas de Emanações – O Fogo Interior

Don Juan continua sua explicação sobre a consciência, introduzindo o conceito de grandes bandas de emanações. Ele explica que as emanações da Águia são agrupadas em 48 bandas na Terra, com 8 produzindo consciência (uma orgânica e sete inorgânicas). Ele desenvolve sobre os três “feixes” de consciência (bege-rosado, pêssego e âmbar) que atravessam essas oito bandas, com os humanos sendo conectados ao feixe âmbar. Don Juan enfatiza que o verdadeiro entendimento vem da visão direta em vez de mero inventário. Ele descreve seres inorgânicos e suas características únicas, contrastando-os com a vida orgânica. A conversa então muda para a natureza dos diferentes mundos montados pelo ponto de encaixe e como o excedente de energia permite a um vidente perceber outras bandas. Don Juan também discute a relação especial entre o homem e as plantas, observando as posições variáveis de seus pontos de encaixe e como os velhos videntes exploravam isso para a feitiçaria, muitas vezes se transformando para acessar reinos mais profundos. Ele conclui enfatizando o foco aberrante dos velhos videntes em quebrar barreiras perceptivas, mesmo através de transformações perigosas, que os novos videntes evitam amplamente.

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O Molde do Homem – O Fogo Interior

Don Juan conclui sua explicação da maestria da consciência ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, enfatizando que o fracasso transformaria seu aprendizado em meras palavras. Ele descreve a barreira como uma “parede de neblina” e a importância de um estado livre de diálogo interno para o movimento do ponto de encaixe. A verdadeira chave para deslocar o ponto de encaixe, revela don Juan, é a própria maestria da consciência, que liberta o ponto ao descartar o inventário. Ele então instrui Castaneda a ver o molde do homem, um passo crucial para liberar todos os laços de seu ponto de encaixe. Castaneda relembra uma experiência anterior de ver o molde do homem como uma luz radiante e uma divindade masculina, uma “visão casual” que don Juan esclarece ser um “protótipo estático da humanidade sem qualquer poder”. Ele luta com as implicações sacrílegas, mas é finalmente convencido por uma experiência direta do molde como uma luz âmbar infinita, sentindo uma afeição profunda e altruísta. Don Juan explica que tais deslocamentos, especialmente os induzidos por plantas de poder, destacam a natureza provisória da percepção. Ele esclarece que ver o molde como um homem é um deslocamento lateral, enquanto vê-lo como luz (o que Castaneda alcança independentemente) significa um deslocamento mais profundo e significativo na seção mediana das emanações do homem, levando a uma compreensão profunda e imparcial de sua verdadeira natureza como um padrão, não um criador.

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A Jornada do Corpo de Sonhar – O Fogo Interior

Don Juan culmina sua explicação da maestria da consciência ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para uma posição de sonhar acordado. Ele revela que a jornada inicial do corpo de sonhar acordado (também chamado de “o outro”) é uma forma de dualismo perceptivo, desencadeada por um susto extremo e guiada pelo silêncio interior. Castaneda relembra uma experiência passada em que percebeu o corpo de sonhar acordado de Genaro e ficou chocado ao testemunhar seu próprio duplo. Don Juan esclarece que essas experiências são deslocamentos do ponto de encaixe, não ilusões, e que a verdadeira viagem no corpo de sonhar acordado ocorre quando ele se sobrepõe ao corpo físico. Castaneda também recorda ser impulsionado por vastas distâncias em seu corpo de sonhar acordado, despertando na casa de Carol, a mulher nagual, destacando o incrível potencial de movimento e de sonhar compartilhado. Don Juan enfatiza que a percepção da realidade está inteiramente ligada à posição do ponto de encaixe e que os guerreiros devem integrar essas experiências variadas. Apesar das profundas implicações e da turbulência emocional de Castaneda, don Juan mantém que o caminho para a liberdade exige intento inflexível e que a compreensão última vem de abraçar o mistério de renunciar à consciência na morte.

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Quebrando a Barreira da Percepção – O Fogo Interior

Don Juan culmina sua instrução ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para montar outro mundo. Ele alerta sobre um teste final: pular em um abismo em estado de consciência normal, onde o sucesso depende de alinhar um novo mundo antes do impacto. Guiado a um estado de silêncio interior, Castaneda experimenta um deslocamento para um mundo familiar de “dunas de enxofre” e, em seguida, para um mundo negro, um alinhamento de valor único. Ele encontra aliados e percebe a peculiar atemporalidade do mundo negro, que envelhece o corpo. Don Juan explica que esses são deslocamentos reais, não ilusões, enfatizando o perigo de ficar preso nessas novas realidades se houver falta de controle ou apoio necessário. Ele revela que os velhos videntes frequentemente interpretavam mal esses deslocamentos, confundindo-os com ascensões ou descidas literais. O capítulo culmina com o desafio final de Castaneda: fazer o mundo atual desaparecer entrando sozinho no mundo negro, um ato final de silêncio interior e consciência que representa a liberdade máxima do guerreiro e a dissolução do mundo cotidiano.

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Comentários do Autor por ocasião do trigésimo ano de publicação de “A Erva do Diabo”

Neste comentário, Carlos Castaneda reflete sobre o trigésimo aniversário de seu livro, “A Erva do Diabo”. Ele aborda os desafios iniciais de seu trabalho de campo antropológico com o xamã yaqui Dom Juan Matus, destacando o apoio do Dr. Clement Meighan e do professor Harold Garfinkel, cujas influências moldaram sua profunda imersão no estudo da cognição xamânica. Castaneda explica que seu trabalho evoluiu da mera coleta de dados para a internalização da percepção única da realidade dos xamãs, centrada em **fatos energéticos** como o **”ver”** a energia diretamente e o conceito do **ponto de encaixe**. Ele aprofunda a compreensão dos xamãs sobre o cosmos, a **consciência** e a **”jornada definitiva”** além da morte, apresentando essas ideias como uma “revolução cognitiva” oferecida por Dom Juan.

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O Conhecimento Silencioso – Silêncio Interior

Este capítulo aborda o “silêncio interior”, o quinto e culminante tópico da prática dos feiticeiros, definido por don Juan como um estado de percepção livre de pensamentos e do diálogo interno. Este estado é a matriz para um salto evolutivo chamado “conhecimento silencioso”, uma forma de saber instantânea e não cerebral. Castaneda relata que don Juan ensinou que o silêncio interior é alcançado através da disciplina persistente de forçar-se a ficar em silêncio por períodos cumulativos, até que um limiar individual seja atingido e o silêncio ocorra espontaneamente. Ele descreve sua própria experiência avassaladora de atingir esse limiar, o que o levou a “parar o mundo” e, pela primeira vez, a se tornar *consciente* de que estava vendo a energia diretamente — uma capacidade que, segundo don Juan, ele sempre possuíra, mas da qual não tinha consciência deliberada.

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