O Tempo do Nagual
Você abre os olhos… e não busca o reflexo no espelho da mente.Não corre atrás do relógio.Não pergunta que horas são, nem se hoje é um dia útil.O tempo do tonal já não dita o compasso da sua alma.Você não […]
Você abre os olhos… e não busca o reflexo no espelho da mente.Não corre atrás do relógio.Não pergunta que horas são, nem se hoje é um dia útil.O tempo do tonal já não dita o compasso da sua alma.Você não […]
Após uma perigosa experiência de sonho, Carlos Castaneda acorda gravemente esgotado de energia na casa de don Juan, descobrindo que foi retirado do mundo dos seres inorgânicos. Seus companheiros, especialmente Florinda Grau, explicam seu “ferimento energético” e como ele foi “recarregado” com uma nova energia perturbadora. Don Juan finalmente revela que o corpo físico de Castaneda foi abduzido por seres inorgânicos depois que seu corpo energético entrou no reino deles para libertar o batedor azul. Don Juan, junto com Carol Tiggs e outros, interveio para resgatá-lo, deslocando seus pontos de encaixe. O capítulo destaca a natureza sem precedentes desse evento em sua linhagem e as graves implicações para o futuro de Castaneda, pois ele agora é encarregado de libertar o batedor, um desafio que don Juan sugere que ele pode resolver consultando o emissário.
Carlos Castaneda entra no terceiro portão do sonhar, onde o objetivo é fundir sua realidade de sonhar com a realidade diária, consolidando seu corpo energético. Ele luta contra a compulsão de ser absorvido por detalhes mundanos em seus sonhos, um desafio que don Juan atribui à inexperiência do corpo energético. Don Juan enfatiza o papel do ponto de encaixe nesse processo e revela que o corpo físico de Castaneda foi abduzido por seres inorgânicos, sendo resgatado por don Juan e seus companheiros, incluindo Carol Tiggs, que coletivamente deslocaram seus pontos de encaixe. Castaneda aprende que sua dificuldade em se mover em sonhos se deve à tentativa de “andar” com seu corpo energético, quando deveria deslizar ou planar. Don Juan então define a próxima tarefa: praticar ver energia em seus sonhos, a verdadeira medida para determinar se ele está em um mundo real ou em uma mera projeção fantasma.
Neste capítulo, Carlos Castaneda progride para a “nova área de exploração” no sonhar, focando em ver energia ao verbalizar sua intenção. Ele relata suas lutas iniciais com essa prática, pois itens em seus sonhos desapareciam ou mudavam. Don Juan explica que seus sonhos anteriores eram meras “projeções fantasmas” e que a verdadeira visão ocorre quando o corpo energético percebe itens geradores de energia em um mundo real. Castaneda descreve um sonho vívido onde ele viu objetos brilharem e encontrou uma energia agressiva e odiosa. Don Juan revela que esta foi uma jornada real para outra camada do universo, onde uma entidade o atacou devido à sua “disponibilidade”. Don Juan revela ainda a profunda e perturbadora verdade de que a energia que os feiticeiros usam para mover seus pontos de encaixe vem do reino dos seres inorgânicos, um legado dos antigos feiticeiros. Apesar do perigo, Castaneda é instado a continuar suas práticas, manter a impecabilidade e buscar a liberdade “espreitando” sutilmente os seres inorgânicos e tomando sua energia sem sucumbir à influência deles.
“Reflexões sobre Don Juan, de Carlos Castaneda”por Keith Nichols Uma verdadeira expansão de pensamento radical é aquela que nos leva a reavaliar a forma como interpretamos nossa realidade. Embora a princípio possa afetar apenas nossas perspectivas intelectuais, suas repercussões ao
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Don Juan culmina sua explicação da maestria da consciência ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para uma posição de sonhar acordado. Ele revela que a jornada inicial do corpo de sonhar acordado (também chamado de “o outro”) é uma forma de dualismo perceptivo, desencadeada por um susto extremo e guiada pelo silêncio interior. Castaneda relembra uma experiência passada em que percebeu o corpo de sonhar acordado de Genaro e ficou chocado ao testemunhar seu próprio duplo. Don Juan esclarece que essas experiências são deslocamentos do ponto de encaixe, não ilusões, e que a verdadeira viagem no corpo de sonhar acordado ocorre quando ele se sobrepõe ao corpo físico. Castaneda também recorda ser impulsionado por vastas distâncias em seu corpo de sonhar acordado, despertando na casa de Carol, a mulher nagual, destacando o incrível potencial de movimento e de sonhar compartilhado. Don Juan enfatiza que a percepção da realidade está inteiramente ligada à posição do ponto de encaixe e que os guerreiros devem integrar essas experiências variadas. Apesar das profundas implicações e da turbulência emocional de Castaneda, don Juan mantém que o caminho para a liberdade exige intento inflexível e que a compreensão última vem de abraçar o mistério de renunciar à consciência na morte.
Don Juan culmina sua instrução ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para montar outro mundo. Ele alerta sobre um teste final: pular em um abismo em estado de consciência normal, onde o sucesso depende de alinhar um novo mundo antes do impacto. Guiado a um estado de silêncio interior, Castaneda experimenta um deslocamento para um mundo familiar de “dunas de enxofre” e, em seguida, para um mundo negro, um alinhamento de valor único. Ele encontra aliados e percebe a peculiar atemporalidade do mundo negro, que envelhece o corpo. Don Juan explica que esses são deslocamentos reais, não ilusões, enfatizando o perigo de ficar preso nessas novas realidades se houver falta de controle ou apoio necessário. Ele revela que os velhos videntes frequentemente interpretavam mal esses deslocamentos, confundindo-os com ascensões ou descidas literais. O capítulo culmina com o desafio final de Castaneda: fazer o mundo atual desaparecer entrando sozinho no mundo negro, um ato final de silêncio interior e consciência que representa a liberdade máxima do guerreiro e a dissolução do mundo cotidiano.
Quebrando a Barreira da Percepção – O Fogo Interior Read More »
Don Juan conclui seus ensinamentos reunindo seu grupo e aprendizes no topo de uma montanha, preparando-os para sua partida final para a consciência total. Ele enfatiza que a manipulação do intento por meio de comandos sóbrios, juntamente com o silêncio interior, é fundamental para deslocar os pontos de encaixe. Essa manobra, vital para os novos videntes, permite que eles alcancem a liberdade total escapando da Águia, diferentemente dos velhos videntes que apenas se deslocavam para outras posições de sonhar acordado para adiar a morte. Don Juan esclarece que a liberdade é o dom da Águia, alcançável com energia suficiente e uma vida de impecabilidade. Castaneda, Pablito e Nestor, juntamente com outros aprendizes, são então instruídos a pular em um abismo em estado de consciência normal. Em vez de morrer, Castaneda (e os outros) desloca seu ponto de encaixe e monta outro mundo, sobrevivendo assim ao salto. O epílogo termina com Castaneda percebendo que ele e seus colegas aprendizes são deixados para integrar sua consciência aumentada, enfrentando perguntas profundas sobre o destino do homem, e esperando a energia para aceitar o dom final da consciência total eles próprios.
Neste capítulo, don Juan retoma seus ensinamentos sobre o ponto de encaixe, explicando seu papel crucial na percepção e como sua posição dita nossa realidade. Castaneda aprende que a casa em que estão é um exercício de perseguição (stalking) para o grupo do nagual, enfatizando o desapego de ideias fixas. Don Juan descreve como o andar do poder de Genaro desloca o ponto de encaixe de Castaneda, levando a diferentes experiências perceptivas — primeiro de ação agressiva, depois de amor espiritual. A chave para esses deslocamentos é o silêncio interior e a interrupção do diálogo interno, que é o que normalmente fixa o ponto de encaixe. Don Juan revela que essa fixação é incutida desde a infância por professores humanos, e que os guerreiros podem aprender a mover seu ponto por meio do intento. A discussão também abrange diferentes tipos de deslocamentos: os deslocamentos laterais (levando a fantasias ou alucinações mundanas) e os “deslocamentos para baixo” (levando a transformações animais, que os velhos videntes perseguiram erroneamente e que os novos videntes evitam devido à sua natureza perigosa). Don Juan explica que, embora outros organismos também tenham pontos de encaixe, apenas os humanos possuem a capacidade única de “desnatar” ou refinar ainda mais sua realidade percebida, uma habilidade poderosa, mas potencialmente prejudicial se não for controlada adequadamente.
Don Juan continua sua explicação sobre a consciência, introduzindo o conceito de grandes bandas de emanações. Ele explica que as emanações da Águia são agrupadas em 48 bandas na Terra, com 8 produzindo consciência (uma orgânica e sete inorgânicas). Ele desenvolve sobre os três “feixes” de consciência (bege-rosado, pêssego e âmbar) que atravessam essas oito bandas, com os humanos sendo conectados ao feixe âmbar. Don Juan enfatiza que o verdadeiro entendimento vem da visão direta em vez de mero inventário. Ele descreve seres inorgânicos e suas características únicas, contrastando-os com a vida orgânica. A conversa então muda para a natureza dos diferentes mundos montados pelo ponto de encaixe e como o excedente de energia permite a um vidente perceber outras bandas. Don Juan também discute a relação especial entre o homem e as plantas, observando as posições variáveis de seus pontos de encaixe e como os velhos videntes exploravam isso para a feitiçaria, muitas vezes se transformando para acessar reinos mais profundos. Ele conclui enfatizando o foco aberrante dos velhos videntes em quebrar barreiras perceptivas, mesmo através de transformações perigosas, que os novos videntes evitam amplamente.