Carlos Castaneda

Voando nas Asas do Intento – A Arte de Sonhar

Após um encontro prolongado com o desafiador da morte, Carlos Castaneda acorda e encontra a sua colega aprendiz, Carol Tiggs, a cuidar dele. Desorientado e parcialmente paralisado, ele descobre por ela que está num hotel depois de ter sido encontrado nu perto da igreja. A Carol, exibindo uma nova lucidez, explica que ambos estão a intencionar na segunda atenção, um dom do desafiador da morte que lhes permite sonharem-se noutro tempo. Castaneda é consumido por afeto por ela, mas é logo sugado para um vórtice. Mais tarde, acorda sozinho e descobre, por um don Juan angustiado, que esteve desaparecido durante nove dias e que a verdadeira Carol Tiggs nunca esteve lá. Don Juan deduz que o desafiador da morte usou a sua própria energia e a de Castaneda para criar uma «Carol de sonho» de puro intento, e que tanto a Carol real como o desafiador da morte se fundiram agora e escaparam deste mundo, voando nas «asas do intento» — um dom abstrato e um destino agora partilhado com Castaneda.

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Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

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Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata a explicação de don Juan sobre os princípios fundamentais da feitiçaria, estabelecidos por brilhantes mas obsessivos «feiticeiros da antiguidade». Don Juan contrasta o foco deles no poder concreto com a busca dos feiticeiros modernos pela liberdade abstrata. A principal descoberta dos antigos foi a capacidade de perceber a energia diretamente, que eles chamaram de «ver». Isso levou à identificação da forma de energia humana como um «ovo luminoso» e sua característica crucial: o «ponto de aglutinação», um ponto de brilho que reúne os filamentos da energia universal em nossa percepção do mundo. Castaneda aprende que deslocar este ponto — seja como um «desvio» dentro do ovo luminoso ou um «movimento» para fora dele — é a chave para perceber outros mundos e é a base para a «segunda atenção» e a «arte de sonhar», que é definida como o deslocamento voluntário do ponto de aglutinação durante o sono.

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O segundo portão do sonhar – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda detalha sua jornada através do «segundo portão do sonhar». Depois de dominar o primeiro portão desenvolvendo sua «atenção de sonhar», ele é instruído por don Juan que a próxima tarefa é aprender a passar de um sonho para outro. Essa prática o leva a sentir sobressaltos de medo, que don Juan revela serem os contatos iniciais com entidades conscientes e não biológicas chamadas «seres inorgânicos». Esses seres são atraídos pela carga energética criada pelos sonhadores. Depois que os sonhos de Castaneda se fixam em dois seres inorgânicos em forma de vela, don Juan o guia para confrontá-los no mundo desperto. Castaneda luta fisicamente com um dos seres, um ato que estabelece uma conexão «aquosa» ou emocional que, segundo don Juan adverte, é perigosa e pode levar à dependência, embora abra a porta para a formação de alianças e a exploração de outros mundos.

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A fixação do ponto de aglutinação – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, don Juan introduz o conceito da «espreita» como a arte de fixar o ponto de aglutinação, que é crucial para alcançar a «coesão» perceptual nos novos mundos acessados através do sonhar. Ele explica que a voz misteriosa que Castaneda tem ouvido em seus sonhos é o «emissário do sonhar», uma energia consciente mas impessoal do reino dos seres inorgânicos, na qual ele adverte contra confiar. Para ilustrar a longa e complexa história das interações dos feiticeiros com tais forças, don Juan conta a história do «inquilino», um feiticeiro desafiador da morte da antiguidade que sobrevive por milênios formando uma relação simbiótica e de drenagem de energia com sua linhagem de naguais. O capítulo culmina com Castaneda realizando um exercício prático de espreita da percepção, usando um mesquite para fixar um minúsculo desvio de seu ponto de aglutinação, o que o mergulha em um outro mundo totalmente sensorial e destaca a diferença entre o «desconhecido humano» procurado pelos antigos feiticeiros e o «desconhecido не-humano» que é o objetivo dos modernos.

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O mundo dos seres inorgânicos – A Arte de Sonhar

Este capítulo detalha a primeira jornada intencional de Castaneda ao mundo dos seres inorgânicos. Ele aprende a identificar seus «batedores» — elementos incongruentes em seus sonhos — e, seguindo o método dos antigos feiticeiros, expressa sua intenção de seguir um. Ele é puxado para uma vasta dimensão esponjosa e cheia de túneis, que o emissário do sonhar explica ser o interior de um ser inorgânico maciço. O emissário atua como um guia, ensinando a Castaneda como navegar nesta nova realidade e revelando que foi assim que os feiticeiros da antiguidade aprenderam os segredos do sonhar. Don Juan o adverte dos perigos, explicando que os seres inorgânicos são predadores da consciência que aprisionam os sonhadores ao satisfazer seus desejos. Ele narra a história de advertência do nagual Elias e sua parceira Amalia, que foram transportados corporalmente para aquele mundo e se tornaram seus prisioneiros, enfatizando o risco supremo de confiar nessas entidades ou de se tornar excessivamente confiante em seu próprio controle.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Perguntas sobre o Caminho do Guerreiro: O caminho sem um professor, o plano de Carlos e a Tensegridade

Carlos Castaneda responde às perguntas mais frequentes sobre seu papel e a natureza da Tensegridade e do Caminho dos Guerreiros. Ele explica que se vê como um conselheiro, com o objetivo de orientar os outros para a liberdade a partir de uma “visão de ponte” – um estado de silêncio total em que percebemos o presente sem os preconceitos do passado ou do futuro. Ele insiste que o caminho não consiste em seguir um guru pessoal, pois o próprio Don Juan era um feiticeiro que perpetuava uma linhagem, não um professor no sentido convencional. O verdadeiro guia é o espírito impessoal ou força vital, acessível por meio do silêncio interior. Castaneda explica que o Tensegrity é um sistema modernizado de “passes mágicos” – movimentos desenvolvidos por antigos xamãs mexicanos para perceber a energia diretamente – que foram mantidos em segredo até agora, porque a linhagem de Don Juan termina com seus quatro discípulos, permitindo que eles compartilhem esse conhecimento para o benefício de todos, promovendo o bem-estar e libertando-se das restrições da percepção diária e da autoimportância.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Perguntas sobre o Caminho do Guerreiro: Qual é a importância de fazer todas essas práticas?

Nesta seção, Castaneda aborda duas questões comuns. A primeira diz respeito a quando o praticante conseguirá “ver”, a percepção direta da energia. Ele explica que, embora as práticas sejam importantes, o elemento crucial é a “intenção” do resultado – o estado que os feiticeiros chamam de “parar o mundo”, que é alcançado pela eliminação da autoimportância. A segunda pergunta é sobre o medo de sensações físicas estranhas durante a Tensegridade. Castaneda relata como Don Juan Matus explicou essas sensações não como uma manipulação externa, mas como respostas fisiológicas naturais ou um produto da própria mentalidade de vítima. O conselho de Don Juan era combater o medo sendo “impecável”.

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Um Diário de Hermenêutica Aplicada – Terceiro Princípio do Caminho do Guerreiro: A percepção deve ser intentada em sua completude

Castaneda apresenta a terceira premissa do caminho dos guerreiros: “A percepção deve ser intencional em sua completude”. Ele relata que Don Juan Matus ensinou que toda percepção é inerentemente neutra e deve ser aceita sem julgamento. Don Juan distinguiu seus ensinamentos como entradas de um “livro de navegação” que detalhava as percepções diretas dos feiticeiros. A chave para essa premissa é reinterpretar a energia sem a mente, um ato que exige todo o ser. Essa interpretação completa é obtida por meio da união com a mente. Essa interpretação completa é obtida por meio da união do corpo físico e do “corpo energético”. Portanto, pretender a percepção em sua completude significa reinterpretar a energia com essas duas partes essenciais de si mesmo totalmente engajadas.

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