Castaneda explora o método filosófico da Fenomenologia, desenvolvido por Edmund Husserl. Ele explica seus conceitos centrais, particularmente a “epoché” ou a “suspensão do juízo”, uma redução destinada a voltar à origem da experiência. No entanto, Castaneda argumenta, a partir de sua experiência com don Juan Matus, que essa suspensão do juízo é impossível de ser alcançada como um exercício puramente intelectual. Para os feiticeiros, suspender seu sistema de interpretação não é uma escolha filosófica, mas uma necessidade prática de sobrevivência, necessária para perceber o desconhecido. Ele, portanto, propõe correlacionar as proposições intelectuais da filosofia ocidental com as realizações pragmáticas dos feiticeiros.