Don Juan Matus

O Lado Ativo do Infinito – A Consciência Inorgânica

Neste último capítulo do livro, don Juan revela que é o líder de um grupo de quinze feiticeiros. Ele então apresenta a Castaneda o conceito de “consciência inorgânica”, explicando que nosso mundo é um mundo gêmeo, coexistindo com um mundo complementar povoado por “seres inorgânicos” — entidades que possuem consciência, mas não organismo. Ele classifica ainda esses seres, distinguindo os “primos de primeiro grau” de nosso mundo gêmeo dos “batedores” ou “exploradores” das profundezas do universo, alguns dos quais os feiticeiros chamam de “aliados”. Para dar a Castaneda uma experiência direta, don Juan o guia em outra jornada a partir do silêncio interior. No deserto de Sonora, Castaneda encontra dois seres que se identificam como seus aliados. Ao encará-los, ele consegue ver além de sua aparência humana para perceber sua verdadeira forma: manchas vibrantes e informes de luminosidade. Don Juan explica que isso é ver a energia diretamente, e que nossa cognição normal limita nossa percepção ao interpretar tudo. Ele instrui Castaneda a, doravante, encarar qualquer aparição com uma atitude inflexível para ver sua verdadeira natureza energética.

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O Lado Ativo do Infinito – A Visão Clara

Neste último capítulo do livro, Castaneda se encontra em um dilema, incapaz de lidar com o mundo das pessoas comuns após ser influenciado por don Juan. Sua nova percepção o leva a julgar a todos pelos padrões de impecabilidade de don Juan, o que causa uma crise em sua vida acadêmica e pessoal. Ele relata suas experiências com um chefe gentil mas passivo, Ernest Lipton, cuja impotência lhe lembra seu próprio pai. Don Juan o aconselha que o problema não está nos outros, mas em sua própria “autorreflexão”. O clímax ocorre um dia no campus da UCLA, quando Castaneda é dominado por um estranho tremor, perde sua visão normal e, pela primeira vez, “vê” conscientemente a energia diretamente — percebendo as pessoas como esferas luminosas e peludas. Ele tem a chocante revelação de que sempre percebeu a energia desta forma, mas nunca esteve ciente disso. A experiência termina com ele acordando inexplicavelmente em seu apartamento a quilômetros de distância. Don Juan confirma que ele “parou o mundo”, viajou a partir do silêncio interior e experimentou a “visão clara” ou “perder a forma humana”, deixando-o com a enlouquecedora questão do que o impediu de acessar essa percepção por toda a vida.

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Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Perguntas sobre o Caminho do Guerreiro: Qual é a importância de fazer todas essas práticas?

Nesta seção, Castaneda aborda duas questões comuns. A primeira diz respeito a quando o praticante conseguirá “ver”, a percepção direta da energia. Ele explica que, embora as práticas sejam importantes, o elemento crucial é a “intenção” do resultado – o estado que os feiticeiros chamam de “parar o mundo”, que é alcançado pela eliminação da autoimportância. A segunda pergunta é sobre o medo de sensações físicas estranhas durante a Tensegridade. Castaneda relata como Don Juan Matus explicou essas sensações não como uma manipulação externa, mas como respostas fisiológicas naturais ou um produto da própria mentalidade de vítima. O conselho de Don Juan era combater o medo sendo “impecável”.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é Hermenêutica?

Nesta seção, Castaneda introduz o conceito de hermenêutica, traçando sua evolução de um método de interpretação de textos sagrados para uma disciplina filosófica mais ampla. Ele então declara o propósito do jornal: aplicar esses princípios aos ensinamentos de don Juan Matus, um feiticeiro Yaqui. O objetivo de Castaneda é focar na aplicação prática da estrutura interpretativa de don Juan, daí o nome “hermenêutica aplicada”, que enfatiza a praticidade de um feiticeiro em detrimento da filosofia abstrata.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Primeiro Princípio do Caminho do Guerreiro: Nós Somos Perceptores

Aqui, Castaneda apresenta a primeira premissa do caminho do guerreiro, conforme ensinada por don Juan Matus: “Nós Somos Perceptores”. Ele explica que, embora pareça óbvio, é uma declaração profunda para os feiticeiros, destacando que a orientação básica da humanidade é perceber. Segundo don Juan, os humanos interpretam um influxo mínimo de energia através de um sistema chamado “forma humana”, criando um mundo que é majoritariamente interpretação em vez de percepção direta. A premissa é, portanto, um chamado dos feiticeiros para retornar ao estado original de percepção direta da humanidade.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Quem são os Chacmools?

Nesta seção de perguntas, Castaneda aborda a questão sobre os “chacmools”, um nome dado às instrutoras Kylie Lundahl, Reni Murez e Nyei Murez. Ele explica a origem do termo, que don Juan Matus associava a guerreiros guardiões que protegiam locais sagrados. Castaneda esclarece que o título não é exclusivo; qualquer pessoa que aceite a responsabilidade de guardar, incluindo ele mesmo e Carol Tiggs, torna-se um chacmool. Ele observa que essas três mulheres foram as primeiras a trazer os passes mágicos ao público e agora estão passando para uma nova fase no caminho do guerreiro.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Como fazer a Tensegridade?

Castaneda explica as origens da Tensegridade como uma versão modernizada dos “passes mágicos” da linhagem de don Juan Matus. Ele relata os ensinamentos de don Juan sobre esses feiticeiros antigos que podiam perceber a energia diretamente (o “ver”), o que revelou o “ponto de aglutinação” humano, onde a percepção é montada. Ao estudar o movimento deste ponto, eles desenvolveram a “arte de sonhar” e os passes mágicos. Castaneda observa que, após aprender esses passes em segredo, ele e seus companheiros discípulos decidiram torná-los públicos como Tensegridade, um nome que significa a tensão e a integridade que são as forças motrizes dos movimentos.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é Intencionalidade?

Castaneda começa com uma nota sobre seu uso da linguagem antes de explorar a “intencionalidade”, buscando ir além da filosofia padrão. Ele traça o termo desde os Escolásticos medievais até o filósofo do século XIX, Franz Brentano, que o definiu como a característica única dos fenômenos mentais de serem direcionados a um objeto. Castaneda então conecta isso ao conceito de feitiçaria do “chamado do intento”. Do ponto de vista de um feiticeiro, ele explica, o intento não é um produto mental, mas uma força energética tangível que existe fora do corpo físico e com a qual se pode engajar.

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