percepção

Diário de Hermenêutica Aplicada – Uma Nova Área para a Investigação Filosófica

Castaneda propõe uma nova área de investigação filosófica baseada em dois conceitos centrais dos antigos feiticeiros mexicanos: o “ver” e o “intento”. Ele define o “ver” como a capacidade humana de perceber diretamente a energia como ela flui no universo, usando todo o organismo. O “intento” é descrito como uma força universal e consciente com a qual os feiticeiros podem se engajar através do ato de “intentar”. Castaneda argumenta que a percepção direta da energia pode criar uma nova forma de subjetividade, livre dos limites da linguagem, permitindo uma intencionalidade pragmática e ativa que poderia transformar a filosofia em uma disciplina prática.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Nós Somos Perceptores

Aqui, Castaneda apresenta a primeira premissa do caminho do guerreiro, conforme ensinada por don Juan Matus: “Nós Somos Perceptores”. Ele explica que, embora pareça óbvio, é uma declaração profunda para os feiticeiros, destacando que a orientação básica da humanidade é perceber. Segundo don Juan, os humanos interpretam um influxo mínimo de energia através de um sistema chamado “forma humana”, criando um mundo que é majoritariamente interpretação em vez de percepção direta. A premissa é, portanto, um chamado dos feiticeiros para retornar ao estado original de percepção direta da humanidade.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é Intencionalidade?

Castaneda começa com uma nota sobre seu uso da linguagem antes de explorar a “intencionalidade”, buscando ir além da filosofia padrão. Ele traça o termo desde os Escolásticos medievais até o filósofo do século XIX, Franz Brentano, que o definiu como a característica única dos fenômenos mentais de serem direcionados a um objeto. Castaneda então conecta isso ao conceito de feitiçaria do “chamado do intento”. Do ponto de vista de um feiticeiro, ele explica, o intento não é um produto mental, mas uma força energética tangível que existe fora do corpo físico e com a qual se pode engajar.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que são Guerreiros Guardiões?

Neste diário de bordo, Castaneda define um “guerreiro guardião” como o termo de don Juan Matus para um feiticeiro – alguém capaz de interromper seu sistema normal de interpretação. Ele explica que o grupo conhecido como os Chacmools foi dissolvido de acordo com os ditames da energia, uma força que um guerreiro deve obedecer. Um novo grupo selecionado pela energia, os Rastreadores de Energia, os substituiu. Castaneda transmite a explicação de don Juan sobre o rastreamento de energia como seguir o rastro do fluxo de energia, que é experienciado como uma sensação física em vez de uma visão. Este novo grupo se formou naturalmente e desenvolveu essa capacidade, permitindo que a energia se revelasse a eles.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Leitores do Infinito

Nesta nota do autor, Castaneda reafirma o objetivo do jornal: disseminar as ideias do mundo cognitivo de don Juan Matus. Ele relata suas primeiras tentativas malsucedidas de publicar o trabalho, que foi rejeitado por não se encaixar nos formatos convencionais. Ele então anuncia uma mudança significativa: o nome do jornal muda de “O Caminho do Guerreiro” para “LEITORES DO INFINITO”. Este novo título é inspirado no conceito de don Juan de “leitura do infinito”, um estado de percepção alcançado através do “silêncio interior”, onde um vidente pode ler o infinito que se revela no horizonte. O jornal é apresentado como um convite para que todos aceitem este desafio.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é Fenomenologia?

Castaneda explora o método filosófico da Fenomenologia, desenvolvido por Edmund Husserl. Ele explica seus conceitos centrais, particularmente a “epoché” ou a “suspensão do juízo”, uma redução destinada a voltar à origem da experiência. No entanto, Castaneda argumenta, a partir de sua experiência com don Juan Matus, que essa suspensão do juízo é impossível de ser alcançada como um exercício puramente intelectual. Para os feiticeiros, suspender seu sistema de interpretação não é uma escolha filosófica, mas uma necessidade prática de sobrevivência, necessária para perceber o desconhecido. Ele, portanto, propõe correlacionar as proposições intelectuais da filosofia ocidental com as realizações pragmáticas dos feiticeiros.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – A Percepção Deve ser Intentada em sua Totalidade

Castaneda apresenta a terceira premissa do caminho do guerreiro: “A Percepção Deve ser Intentada em sua Totalidade”. Ele relata que don Juan Matus ensinava que toda percepção é inerentemente neutra e deve ser aceita sem julgamento. Don Juan distinguia seus ensinamentos como entradas de um “livro de navegação” que detalhava as percepções diretas dos feiticeiros. A chave para essa premissa é reinterpretar a energia sem a mente, um ato que requer o ser inteiro. Essa interpretação completa é alcançada através da união do corpo físico e do “corpo energético”. Portanto, intentar a percepção em sua totalidade significa reinterpretar a energia com ambas as partes essenciais de si mesmo totalmente engajadas.

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O Conhecimento Silencioso – Sonhar

Neste capítulo, Castaneda explora a “arte de sonhar”, que ele define como a técnica dos feiticeiros para quebrar os parâmetros da percepção normal e viajar para o desconhecido. Don Juan explica que o “sonhar” de um feiticeiro (*ensoñar*) é fundamentalmente diferente dos sonhos comuns (*sueño*) e baseia-se no deslocamento deliberado do “ponto de aglutinação” de sua posição habitual. Essa prática originou-se da observação dos feiticeiros de que o ponto de aglutinação se move naturalmente durante o sono. A chave para esta arte é o desenvolvimento da “atenção de sonhar”, uma disciplina que permite ao praticante manter o foco nos elementos de seus sonhos e, assim, entrar em mundos reais e geradores de energia. O “sonhar” é complementado pela “arte de espreitar”, que é a habilidade de manter o ponto de aglutinação fixo em uma nova posição, permitindo a exploração completa desses outros reinos.

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O Conhecimento Silencioso – Silêncio Interior

Este capítulo aborda o “silêncio interior”, o quinto e culminante tópico da prática dos feiticeiros, definido por don Juan como um estado de percepção livre de pensamentos e do diálogo interno. Este estado é a matriz para um salto evolutivo chamado “conhecimento silencioso”, uma forma de saber instantânea e não cerebral. Castaneda relata que don Juan ensinou que o silêncio interior é alcançado através da disciplina persistente de forçar-se a ficar em silêncio por períodos cumulativos, até que um limiar individual seja atingido e o silêncio ocorra espontaneamente. Ele descreve sua própria experiência avassaladora de atingir esse limiar, o que o levou a “parar o mundo” e, pela primeira vez, a se tornar *consciente* de que estava vendo a energia diretamente — uma capacidade que, segundo don Juan, ele sempre possuíra, mas da qual não tinha consciência deliberada.

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