silêncio interior

O Impulso da Terra – O Fogo Interior

Don Juan retoma seus ensinamentos revelando a descoberta dos antigos videntes de que a Terra em si é um ser senciente com seu próprio casulo luminoso. Ele explica que a Terra pode fornecer um tremendo impulso aos guerreiros, um impulso chave para deslocar o ponto de encaixe e entrar em outros mundos. Castaneda, com a ajuda de Genaro, experimenta tal deslocamento, entrando em um terrível mundo “infernal” através do andar do poder e das emanações da Terra. Essa experiência, guiada pelo silêncio interior, destaca que o desconhecido não é meramente interno, mas existe na vastidão das emanações da Terra. Don Juan e Genaro, revelados a Castaneda através da “visão” como mestres espreitadores, demonstram como manipulam sua percepção para fins de ensino. Castaneda também testemunha Genaro desaparecer ao entrar completamente em outro mundo, enfatizando que a posição do ponto de encaixe define a realidade. O capítulo ressalta que apenas guerreiros disciplinados com total silêncio interior podem utilizar com segurança o impulso da Terra para montar e navegar nesses outros mundos, um feito que os velhos videntes frequentemente não compreenderam.

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A Jornada do Corpo de Sonhar – O Fogo Interior

Don Juan culmina sua explicação da maestria da consciência ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para uma posição de sonhar acordado. Ele revela que a jornada inicial do corpo de sonhar acordado (também chamado de “o outro”) é uma forma de dualismo perceptivo, desencadeada por um susto extremo e guiada pelo silêncio interior. Castaneda relembra uma experiência passada em que percebeu o corpo de sonhar acordado de Genaro e ficou chocado ao testemunhar seu próprio duplo. Don Juan esclarece que essas experiências são deslocamentos do ponto de encaixe, não ilusões, e que a verdadeira viagem no corpo de sonhar acordado ocorre quando ele se sobrepõe ao corpo físico. Castaneda também recorda ser impulsionado por vastas distâncias em seu corpo de sonhar acordado, despertando na casa de Carol, a mulher nagual, destacando o incrível potencial de movimento e de sonhar compartilhado. Don Juan enfatiza que a percepção da realidade está inteiramente ligada à posição do ponto de encaixe e que os guerreiros devem integrar essas experiências variadas. Apesar das profundas implicações e da turbulência emocional de Castaneda, don Juan mantém que o caminho para a liberdade exige intento inflexível e que a compreensão última vem de abraçar o mistério de renunciar à consciência na morte.

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Quebrando a Barreira da Percepção – O Fogo Interior

Don Juan culmina sua instrução ao atribuir a Castaneda a tarefa de quebrar a barreira da percepção sem ajuda, deslocando seu ponto de encaixe para montar outro mundo. Ele alerta sobre um teste final: pular em um abismo em estado de consciência normal, onde o sucesso depende de alinhar um novo mundo antes do impacto. Guiado a um estado de silêncio interior, Castaneda experimenta um deslocamento para um mundo familiar de “dunas de enxofre” e, em seguida, para um mundo negro, um alinhamento de valor único. Ele encontra aliados e percebe a peculiar atemporalidade do mundo negro, que envelhece o corpo. Don Juan explica que esses são deslocamentos reais, não ilusões, enfatizando o perigo de ficar preso nessas novas realidades se houver falta de controle ou apoio necessário. Ele revela que os velhos videntes frequentemente interpretavam mal esses deslocamentos, confundindo-os com ascensões ou descidas literais. O capítulo culmina com o desafio final de Castaneda: fazer o mundo atual desaparecer entrando sozinho no mundo negro, um ato final de silêncio interior e consciência que representa a liberdade máxima do guerreiro e a dissolução do mundo cotidiano.

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Epílogo – O Fogo Interior

Don Juan conclui seus ensinamentos reunindo seu grupo e aprendizes no topo de uma montanha, preparando-os para sua partida final para a consciência total. Ele enfatiza que a manipulação do intento por meio de comandos sóbrios, juntamente com o silêncio interior, é fundamental para deslocar os pontos de encaixe. Essa manobra, vital para os novos videntes, permite que eles alcancem a liberdade total escapando da Águia, diferentemente dos velhos videntes que apenas se deslocavam para outras posições de sonhar acordado para adiar a morte. Don Juan esclarece que a liberdade é o dom da Águia, alcançável com energia suficiente e uma vida de impecabilidade. Castaneda, Pablito e Nestor, juntamente com outros aprendizes, são então instruídos a pular em um abismo em estado de consciência normal. Em vez de morrer, Castaneda (e os outros) desloca seu ponto de encaixe e monta outro mundo, sobrevivendo assim ao salto. O epílogo termina com Castaneda percebendo que ele e seus colegas aprendizes são deixados para integrar sua consciência aumentada, enfrentando perguntas profundas sobre o destino do homem, e esperando a energia para aceitar o dom final da consciência total eles próprios.

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O Deslocamento Para Baixo – O Fogo Interior

Neste capítulo, don Juan retoma seus ensinamentos sobre o ponto de encaixe, explicando seu papel crucial na percepção e como sua posição dita nossa realidade. Castaneda aprende que a casa em que estão é um exercício de perseguição (stalking) para o grupo do nagual, enfatizando o desapego de ideias fixas. Don Juan descreve como o andar do poder de Genaro desloca o ponto de encaixe de Castaneda, levando a diferentes experiências perceptivas — primeiro de ação agressiva, depois de amor espiritual. A chave para esses deslocamentos é o silêncio interior e a interrupção do diálogo interno, que é o que normalmente fixa o ponto de encaixe. Don Juan revela que essa fixação é incutida desde a infância por professores humanos, e que os guerreiros podem aprender a mover seu ponto por meio do intento. A discussão também abrange diferentes tipos de deslocamentos: os deslocamentos laterais (levando a fantasias ou alucinações mundanas) e os “deslocamentos para baixo” (levando a transformações animais, que os velhos videntes perseguiram erroneamente e que os novos videntes evitam devido à sua natureza perigosa). Don Juan explica que, embora outros organismos também tenham pontos de encaixe, apenas os humanos possuem a capacidade única de “desnatar” ou refinar ainda mais sua realidade percebida, uma habilidade poderosa, mas potencialmente prejudicial se não for controlada adequadamente.

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A Espreita, o Intento e a Posição de Sonhar Acordado – O Fogo Interior

Don Juan continua seus ensinamentos sobre a maestria da consciência, introduzindo as três pedras angulares das práticas dos novos videntes: a maestria da espreita, a maestria do intento e a maestria do sonhar acordado. Ele explica que a espreita, um controle sistemático do comportamento, desloca sutilmente o ponto de encaixe e foi desenvolvida de forma única pelos novos videntes para lidar com pessoas. A maestria do intento envolve compreender e guiar propositalmente a “vontade”, a energia de alinhamento que molda a percepção. Don Juan então elabora sobre o sonhar acordado, revelando-o como a maneira mais eficaz de mover o ponto de encaixe, começando com seu deslocamento natural durante o sono. Ele detalha os perigos do sonhar acordado, enfatizando a necessidade da sobriedade e do caminho do guerreiro para cultivar a força interior necessária para guiar o deslocamento do ponto de encaixe nos sonhos. Castaneda presencia o corpo de sonhar acordado de Genaro em ação, uma mancha luminosa não humana, e aprende que a verdadeira maestria permite acordar em diferentes “posições de sonhar acordado”. O capítulo sublinha que a impecabilidade e a intento inflexível são essenciais para alcançar esses deslocamentos e o pleno potencial de um guerreiro, permitindo até mesmo o sonhar coletivo entre videntes.

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A Posição do Ponto de Encaixe – O Fogo Interior

Neste capítulo, don Juan retoma seus ensinamentos sobre o ponto de encaixe, explicando seu papel crucial na percepção e como sua posição dita nossa realidade. Castaneda aprende que a casa em que estão é um exercício de perseguição (stalking) para o grupo do nagual, enfatizando o desapego de ideias fixas. Don Juan descreve como o andar do poder de Genaro desloca o ponto de encaixe de Castaneda, levando a diferentes experiências perceptivas — primeiro de ação agressiva, depois de amor espiritual. A chave para esses deslocamentos é o silêncio interior e a interrupção do diálogo interno, que é o que normalmente fixa o ponto de encaixe. Don Juan revela que essa fixação é incutida desde a infância por professores humanos, e que os guerreiros podem aprender a mover seu ponto por meio do intento. A discussão também abrange diferentes tipos de deslocamentos: os deslocamentos laterais (levando a fantasias ou alucinações mundanas) e os “deslocamentos para baixo” (levando a transformações animais, que os velhos videntes perseguiram erroneamente e os novos videntes evitam devido à sua natureza perigosa). Don Juan explica que, embora outros organismos também tenham pontos de encaixe, apenas os humanos possuem a capacidade única de “desnatar” ou refinar ainda mais sua realidade percebida, uma habilidade poderosa, mas potencialmente prejudicial se não for controlada adequadamente.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que são Guerreiros Guardiões?

Neste diário de bordo, Castaneda define um “guerreiro guardião” como o termo de don Juan Matus para um feiticeiro – alguém capaz de interromper seu sistema normal de interpretação. Ele explica que o grupo conhecido como os Chacmools foi dissolvido de acordo com os ditames da energia, uma força que um guerreiro deve obedecer. Um novo grupo selecionado pela energia, os Rastreadores de Energia, os substituiu. Castaneda transmite a explicação de don Juan sobre o rastreamento de energia como seguir o rastro do fluxo de energia, que é experienciado como uma sensação física em vez de uma visão. Este novo grupo se formou naturalmente e desenvolveu essa capacidade, permitindo que a energia se revelasse a eles.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Leitores do Infinito

Nesta nota do autor, Castaneda reafirma o objetivo do jornal: disseminar as ideias do mundo cognitivo de don Juan Matus. Ele relata suas primeiras tentativas malsucedidas de publicar o trabalho, que foi rejeitado por não se encaixar nos formatos convencionais. Ele então anuncia uma mudança significativa: o nome do jornal muda de “O Caminho do Guerreiro” para “LEITORES DO INFINITO”. Este novo título é inspirado no conceito de don Juan de “leitura do infinito”, um estado de percepção alcançado através do “silêncio interior”, onde um vidente pode ler o infinito que se revela no horizonte. O jornal é apresentado como um convite para que todos aceitem este desafio.

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