Carlos Castaneda

Diário de Hermenêutica Aplicada – O que são Guerreiros Guardiões?

Neste diário de bordo, Castaneda define um “guerreiro guardião” como o termo de don Juan Matus para um feiticeiro – alguém capaz de interromper seu sistema normal de interpretação. Ele explica que o grupo conhecido como os Chacmools foi dissolvido de acordo com os ditames da energia, uma força que um guerreiro deve obedecer. Um novo grupo selecionado pela energia, os Rastreadores de Energia, os substituiu. Castaneda transmite a explicação de don Juan sobre o rastreamento de energia como seguir o rastro do fluxo de energia, que é experienciado como uma sensação física em vez de uma visão. Este novo grupo se formou naturalmente e desenvolveu essa capacidade, permitindo que a energia se revelasse a eles.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Leitores do Infinito

Nesta nota do autor, Castaneda reafirma o objetivo do jornal: disseminar as ideias do mundo cognitivo de don Juan Matus. Ele relata suas primeiras tentativas malsucedidas de publicar o trabalho, que foi rejeitado por não se encaixar nos formatos convencionais. Ele então anuncia uma mudança significativa: o nome do jornal muda de “O Caminho do Guerreiro” para “LEITORES DO INFINITO”. Este novo título é inspirado no conceito de don Juan de “leitura do infinito”, um estado de percepção alcançado através do “silêncio interior”, onde um vidente pode ler o infinito que se revela no horizonte. O jornal é apresentado como um convite para que todos aceitem este desafio.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é Fenomenologia?

Castaneda explora o método filosófico da Fenomenologia, desenvolvido por Edmund Husserl. Ele explica seus conceitos centrais, particularmente a “epoché” ou a “suspensão do juízo”, uma redução destinada a voltar à origem da experiência. No entanto, Castaneda argumenta, a partir de sua experiência com don Juan Matus, que essa suspensão do juízo é impossível de ser alcançada como um exercício puramente intelectual. Para os feiticeiros, suspender seu sistema de interpretação não é uma escolha filosófica, mas uma necessidade prática de sobrevivência, necessária para perceber o desconhecido. Ele, portanto, propõe correlacionar as proposições intelectuais da filosofia ocidental com as realizações pragmáticas dos feiticeiros.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – Uma Nova Área para a Investigação Filosófica

Castaneda propõe uma nova área de investigação filosófica baseada em dois conceitos centrais dos antigos feiticeiros mexicanos: o “ver” e o “intento”. Ele define o “ver” como a capacidade humana de perceber diretamente a energia como ela flui no universo, usando todo o organismo. O “intento” é descrito como uma força universal e consciente com a qual os feiticeiros podem se engajar através do ato de “intentar”. Castaneda argumenta que a percepção direta da energia pode criar uma nova forma de subjetividade, livre dos limites da linguagem, permitindo uma intencionalidade pragmática e ativa que poderia transformar a filosofia em uma disciplina prática.

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Diário de Hermenêutica Aplicada – O que é a Tensegridade?

Castaneda explica que os passes mágicos, a base da Tensegridade, devem ser praticados não como exercício, mas como uma forma de “chamar o poder”. Don Juan ensinava que sua “magia” é um “toque do espírito” que reconecta a pessoa com a força vital. Castaneda observa que a confusão sentida pelos novos praticantes devido ao grande número de movimentos é um artifício deliberado dos feiticeiros para “saturar” a mente e induzir o “silêncio interior”. É a partir desse estado que um praticante adquire clareza e sabe instintivamente como usar os movimentos para continuar o que don Juan chamou de a “jornada de consciência” interrompida da humanidade.

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O Conhecimento Silencioso – Introdução

Nesta introdução, Castaneda apresenta o conceito central do “conhecimento silencioso”, descrito por seu mestre, don Juan Matus, como o objetivo mais cobiçado pelos feiticeiros do México antigo. Este estado de consciência revela instantaneamente todo o conhecimento pertinente diretamente ao ser, não à mente. Don Juan explicou que o prelúdio para isso é o “silêncio interior”, um estado livre do diálogo interno. Castaneda relata sua dificuldade em compreender esses conceitos até que don Juan os exemplificou com a ideia de “leitores do infinito”, uma condição na qual um xamã, a partir do silêncio interior, pode perceber e “ler” a energia diretamente. Ele também introduz os cinco pilares da busca por esse conhecimento: os passes mágicos, o centro para decisões, a Recapitulação, o Sonhar e o Silêncio Interior. Por fim, ele explica que, por ser o último de sua linhagem, ele e seus companheiros decidiram tornar públicos os “passes mágicos” sob o nome de “Tensegridade”.

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O Conhecimento Silencioso – Os Passes Mágicos

Neste capítulo, Castaneda relata sua primeira discussão aprofundada com don Juan Matus sobre os “passes mágicos”, que começou com um comentário depreciativo sobre seu peso. Don Juan revela que ele vinha ensinando os passes a Castaneda o tempo todo, disfarçados como seu hábito de “estalar as articulações”, algo que Castaneda imitava. Ele explica que esses movimentos não são meros exercícios físicos, mas são “mágicos” porque podem interromper o fluxo habitual de pensamentos e comportamentos, que ele compara a quebrar “linhas de afinidade” que governam a percepção comum do mundo como algo fixo e imutável. Don Juan também choca Castaneda ao afirmar que a mente é uma “instalação estrangeira” e que os passes mágicos ajudam a quebrar seu domínio. A origem dos passes, ele revela, está na prática de *sonhar* dos feiticeiros antigos, que descobriram esses movimentos em estados de consciência alterada e os recriaram para alcançar bem-estar e preparar-se para suas “navegações no desconhecido”.

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O Conhecimento Silencioso – O Centro para Decisões

Neste capítulo, Castaneda explora o segundo tópico de interesse para os feiticeiros antigos: “o centro para decisões”, localizado no ponto em “v” na base do pescoço. Don Juan explicou que este é um dos seis principais vórtices de energia no corpo, mas sua energia específica, que é fluida como água, é deslocada no início da vida, resultando na incapacidade humana de tomar decisões. Ele também revela a visão dos feiticeiros sobre o centro no topo da cabeça, que eles acreditam ter sido tomado por uma “instalação estrangeira” — a mente. Os passes mágicos, ou a Tensegridade moderna, servem para fortalecer os outros cinco centros, redistribuindo a energia que foi dispersa para as bordas do ser luminoso de uma pessoa. Essa redistribuição de energia, especialmente para o centro de decisões, restaura a capacidade de decidir e a vitalidade geral, superando a indecisão e o esgotamento causados pelo desgaste da vida cotidiana.

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O Conhecimento Silencioso – A Recapitulação

Neste capítulo, Castaneda detalha o terceiro pilar da prática dos feiticeiros: a “Recapitulação”. Ele a descreve como um procedimento para reviver todas as experiências da vida, com dois objetivos principais. O primeiro é um objetivo cosmológico: satisfazer uma força universal chamada “a Águia”, que busca as experiências de vida de um ser, não sua força vital. Ao oferecer um relato detalhado de suas vidas, os feiticeiros podem reter sua força vital no momento da morte e embarcar em uma jornada de percepção como seres inorgânicos. O segundo objetivo é pragmático: adquirir “fluidez perceptual”. Reviver memórias força o “ponto de aglutinação” a se deslocar para as posições que ocupava no passado, e esse movimento repetido confere ao praticante a flexibilidade necessária para enfrentar o desconhecido. Castaneda também descreve o método prático ensinado por don Juan: fazer uma lista de todas as pessoas conhecidas e usar a respiração como um veículo para inspirar a energia recuperada e expirar os sentimentos indesejados associados a cada memória.

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O Conhecimento Silencioso – Sonhar

Neste capítulo, Castaneda explora a “arte de sonhar”, que ele define como a técnica dos feiticeiros para quebrar os parâmetros da percepção normal e viajar para o desconhecido. Don Juan explica que o “sonhar” de um feiticeiro (*ensoñar*) é fundamentalmente diferente dos sonhos comuns (*sueño*) e baseia-se no deslocamento deliberado do “ponto de aglutinação” de sua posição habitual. Essa prática originou-se da observação dos feiticeiros de que o ponto de aglutinação se move naturalmente durante o sono. A chave para esta arte é o desenvolvimento da “atenção de sonhar”, uma disciplina que permite ao praticante manter o foco nos elementos de seus sonhos e, assim, entrar em mundos reais e geradores de energia. O “sonhar” é complementado pela “arte de espreitar”, que é a habilidade de manter o ponto de aglutinação fixo em uma nova posição, permitindo a exploração completa desses outros reinos.

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