Carlos Castaneda

O Lado Ativo do Infinito – A Visão que Eu Não Podia Suportar

Neste capítulo, Castaneda descreve a desintegração final de seu antigo modo de vida. Depois que sua percepção foi alterada pelos eventos do capítulo anterior, ele se vê incapaz de se relacionar com sua “família de amigos” em Los Angeles como antes. De repente, ele os vê como tensos, egocêntricos e banais, assim como o psiquiatra e o professor que o haviam horrorizado. Essa nova atitude de julgamento o enche de culpa. Ele relata duas últimas histórias tragicômicas dos dramas auto-criados de seus amigos — uma envolvendo uma violenta disputa doméstica desencadeada pelo estalo de uma toalha, e outra narrando as repetidas tentativas fracassadas de seu amigo Rodrigo de escapar de Los Angeles. Incapaz de sentir sua empatia habitual, Castaneda é, em vez disso, galvanizado pela finalidade das situações e foge para don Juan, confessando sua nova visão crítica de seus amigos. Don Juan explica que isso é um sinal do “fim de uma era”, que só pode ser completo quando o “rei morre” — ou seja, quando Castaneda finalmente aceita a verdade de que ele é exatamente como os amigos que agora julga.

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O Lado Ativo do Infinito – O Encontro Inevitável

Neste capítulo, Castaneda é consumido pela culpa e depressão pela morte de seu amigo antropólogo, Bill, a quem nunca respondeu à última carta. Ele procura don Juan, que revela que “viu” o momento da morte de Bill e que anteriormente havia alertado Castaneda sobre o estado decadente de seu amigo, descrevendo a “brecha” aberta em seu corpo luminoso, um sinal visível para um feiticeiro. Don Juan repreende Castaneda por sua falta de “sobriedade” e por acreditar que tinha tempo infinito, o que o levou a adiar o agradecimento a seu amigo, deixando-o “preso com um fantasma em seu encalço”. O único recurso, explica ele, não é uma cura mágica, mas manter viva a memória de seu amigo. Ele então ensina a Castaneda sobre a natureza da tristeza para um feiticeiro, explicando-a como uma força impessoal e abstrata do infinito que os afeta porque eles não têm mais escudos defensivos. Para ilustrar isso, ele conta a história do Grande Garrick, o comediante mais engraçado do mundo, que, ao ser aconselhado a ver seu próprio show para curar sua melancolia, revela sua identidade, mostrando que não tem cura externa para sua profunda tristeza.

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O Lado Ativo do Infinito – O Ponto de Ruptura

Neste capítulo, don Juan explica que um feiticeiro precisa de um “ponto de ruptura” para que o silêncio interior realmente se estabeleça. Ele diz a Castaneda que seu ponto de ruptura é deixar seus amigos e todo o seu modo de vida, propondo que ele “morra” isolando-se em um quarto de hotel dilapidado até que sua “pessoa” — sua mente e seus apegos — desapareça. Castaneda inicialmente se recusa, e don Juan o deixa, aparentemente para sempre. Após um período de euforia e liberdade, Castaneda retoma sua vida antiga até que sua identificação completa e assustadora com um amigo autodestrutivo o leva ao seu próprio ponto de ruptura. Ele espontaneamente aluga um quarto em um hotel de Hollywood e fica por meses até que seu antigo eu “morra”. Mais tarde, atolado em uma nova vida sem sentido e contemplando o suicídio, don Juan reaparece. Ele diz a Castaneda que ele finalmente atingiu seu ponto de ruptura e lhe dá uma hora para dissolver sua vida atual antes de encontrá-lo no México. Falhando em cumprir o prazo, Castaneda usa uma técnica para alcançar o silêncio interior e “sonha” que está com don Juan, que confirma que ele fez a jornada não através de um sonho, mas através de seu silêncio interior.

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O Lado Ativo do Infinito – As Medidas da Cognição

Neste capítulo, Castaneda explora o choque entre dois mundos cognitivos: o mundo acadêmico do Professor Lorca e o mundo dos feiticeiros de don Juan. Ele se torna um admirador do Professor Lorca, um brilhante acadêmico que leciona sobre a natureza insular de diferentes sistemas cognitivos. Don Juan o adverte contra a admiração à distância e o insta a “testar” o professor para ver se ele vive como um “ser que vai morrer”, argumentando que essa aceitação é a única maneira de ter um verdadeiro domínio sobre o mundo. O Professor Lorca, embora intelectualmente brilhante, propõe um estudo científico para medir e quantificar a cognição dos xamãs. Don Juan acha isso risível, explicando que a cognição de um feiticeiro — baseada na percepção direta da energia — é experiencial e não pode ser medida pelas ferramentas do mundo cotidiano. Ele conclui que o professor é um “cientista imortal” que, por não aceitar verdadeiramente sua própria mortalidade, não pode compreender o caminho dos feiticeiros. Don Juan usa a metáfora de um escravo romano sussurrando “toda glória é passageira” para um general vitorioso, afirmando que para um feiticeiro, esse sussurrador é a própria morte, sua conselheira infalível.

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Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

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Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata a explicação de don Juan sobre os princípios fundamentais da feitiçaria, estabelecidos por brilhantes mas obsessivos «feiticeiros da antiguidade». Don Juan contrasta o foco deles no poder concreto com a busca dos feiticeiros modernos pela liberdade abstrata. A principal descoberta dos antigos foi a capacidade de perceber a energia diretamente, que eles chamaram de «ver». Isso levou à identificação da forma de energia humana como um «ovo luminoso» e sua característica crucial: o «ponto de aglutinação», um ponto de brilho que reúne os filamentos da energia universal em nossa percepção do mundo. Castaneda aprende que deslocar este ponto — seja como um «desvio» dentro do ovo luminoso ou um «movimento» para fora dele — é a chave para perceber outros mundos e é a base para a «segunda atenção» e a «arte de sonhar», que é definida como o deslocamento voluntário do ponto de aglutinação durante o sono.

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O segundo portão do sonhar – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda detalha sua jornada através do «segundo portão do sonhar». Depois de dominar o primeiro portão desenvolvendo sua «atenção de sonhar», ele é instruído por don Juan que a próxima tarefa é aprender a passar de um sonho para outro. Essa prática o leva a sentir sobressaltos de medo, que don Juan revela serem os contatos iniciais com entidades conscientes e não biológicas chamadas «seres inorgânicos». Esses seres são atraídos pela carga energética criada pelos sonhadores. Depois que os sonhos de Castaneda se fixam em dois seres inorgânicos em forma de vela, don Juan o guia para confrontá-los no mundo desperto. Castaneda luta fisicamente com um dos seres, um ato que estabelece uma conexão «aquosa» ou emocional que, segundo don Juan adverte, é perigosa e pode levar à dependência, embora abra a porta para a formação de alianças e a exploração de outros mundos.

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A fixação do ponto de aglutinação – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, don Juan introduz o conceito da «espreita» como a arte de fixar o ponto de aglutinação, que é crucial para alcançar a «coesão» perceptual nos novos mundos acessados através do sonhar. Ele explica que a voz misteriosa que Castaneda tem ouvido em seus sonhos é o «emissário do sonhar», uma energia consciente mas impessoal do reino dos seres inorgânicos, na qual ele adverte contra confiar. Para ilustrar a longa e complexa história das interações dos feiticeiros com tais forças, don Juan conta a história do «inquilino», um feiticeiro desafiador da morte da antiguidade que sobrevive por milênios formando uma relação simbiótica e de drenagem de energia com sua linhagem de naguais. O capítulo culmina com Castaneda realizando um exercício prático de espreita da percepção, usando um mesquite para fixar um minúsculo desvio de seu ponto de aglutinação, o que o mergulha em um outro mundo totalmente sensorial e destaca a diferença entre o «desconhecido humano» procurado pelos antigos feiticeiros e o «desconhecido не-humano» que é o objetivo dos modernos.

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O mundo dos seres inorgânicos – A Arte de Sonhar

Este capítulo detalha a primeira jornada intencional de Castaneda ao mundo dos seres inorgânicos. Ele aprende a identificar seus «batedores» — elementos incongruentes em seus sonhos — e, seguindo o método dos antigos feiticeiros, expressa sua intenção de seguir um. Ele é puxado para uma vasta dimensão esponjosa e cheia de túneis, que o emissário do sonhar explica ser o interior de um ser inorgânico maciço. O emissário atua como um guia, ensinando a Castaneda como navegar nesta nova realidade e revelando que foi assim que os feiticeiros da antiguidade aprenderam os segredos do sonhar. Don Juan o adverte dos perigos, explicando que os seres inorgânicos são predadores da consciência que aprisionam os sonhadores ao satisfazer seus desejos. Ele narra a história de advertência do nagual Elias e sua parceira Amalia, que foram transportados corporalmente para aquele mundo e se tornaram seus prisioneiros, enfatizando o risco supremo de confiar nessas entidades ou de se tornar excessivamente confiante em seu próprio controle.

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O Mundo das Sombras – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda aprofunda-se nas complexidades do sonhar e do mundo dos seres inorgânicos, guiado pelos ensinamentos de don Juan. Ele aprende que o “segundo portão” do sonhar não se trata apenas de mudar de sonhos, mas de isolar e seguir batedores energéticos de outro universo. Castaneda descreve seus encontros com várias formas de seres inorgânicos, incluindo “sombras” e um emissário, e os desafios de navegar em seu mundo sem sucumbir à sua influência. Don Juan o adverte sobre os perigos de ser “escolhido” por um ser inorgânico aquático e as armadilhas sutis que eles armam. O capítulo culmina com o encontro emocional de Castaneda com um “batedor prisioneiro” na forma de uma menininha, levando-o a perceber uma conexão profunda e uma necessidade desesperada da orientação de don Juan.

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