Antigo Ciclo

O Lado Ativo do Infinito – Quem era Juan Matus, realmente?

Neste capítulo, Castaneda reflete sobre seu primeiro encontro verdadeiro com don Juan, percebendo que a imagem mental que ele havia construído era totalmente falsa. O verdadeiro don Juan é poderoso, atlético e vital. Ao chegar, don Juan realiza um “quase-tapa” sem contato físico que instantaneamente leva Castaneda a um estado de profunda clareza e paz. Don Juan então se apresenta formalmente como Juan Matus, o “nagual” ou líder de uma linhagem de feiticeiros de 27 gerações. Ele explica que a feitiçaria não é bruxaria, mas a habilidade de perceber a energia diretamente, um estado de consciência que diferencia os feiticeiros. Ele revela que o encontro deles foi orquestrado pelo “intento do infinito”, que ele descreve como um “tremor no ar” palpável, e que ele estava procurando um sucessor com uma dupla configuração energética — o novo nagual — que ele encontrou em Castaneda. Ele descreve os naguais passados como sendo “vazios”, refletindo não o mundo, mas o infinito, uma qualidade que Castaneda mais tarde percebe que don Juan encarna perfeitamente.

O Lado Ativo do Infinito – Quem era Juan Matus, realmente? Read More »

O Lado Ativo do Infinito – O Fim de uma Era: As Profundas Preocupações da Vida Cotidiana

Neste capítulo, Castaneda, sentindo uma estranha agitação emocional, busca o conselho de don Juan. Don Juan explica que essa perturbação significa o “fim de uma era” em sua vida, à medida que sua percepção muda e seu tempo no mundo comum se esgota. A pedido de don Juan para uma “conversa formal”, Castaneda relata uma tentativa recente de mudar sua vida, mudando-se para uma nova cidade para aulas de verão. Lá, ele aceitou um emprego ouvindo fitas de pessoas discutindo seus problemas cotidianos e ficou horrorizado ao perceber que suas queixas repetitivas e egocêntricas eram idênticas às suas, destruindo seu senso de individualidade. Sua desilusão foi agravada quando seu chefe, um psiquiatra, o submeteu a um longo, sórdido e autopiedoso relato de um encontro sexual fracassado. O golpe final veio de seu pomposo professor de antropologia, que fez uma piada lasciva na aula, fazendo o mundo de Castaneda desmoronar sob o peso das “profundas preocupações” do cotidiano. Oprimido, ele fugiu de volta para Los Angeles, uma experiência que don Juan acha hilária, explicando-a como o velho mundo de Castaneda o atingindo com sua cauda enquanto chega ao fim.

O Lado Ativo do Infinito – O Fim de uma Era: As Profundas Preocupações da Vida Cotidiana Read More »

O Lado Ativo do Infinito – A Visão que Eu Não Podia Suportar

Neste capítulo, Castaneda descreve a desintegração final de seu antigo modo de vida. Depois que sua percepção foi alterada pelos eventos do capítulo anterior, ele se vê incapaz de se relacionar com sua “família de amigos” em Los Angeles como antes. De repente, ele os vê como tensos, egocêntricos e banais, assim como o psiquiatra e o professor que o haviam horrorizado. Essa nova atitude de julgamento o enche de culpa. Ele relata duas últimas histórias tragicômicas dos dramas auto-criados de seus amigos — uma envolvendo uma violenta disputa doméstica desencadeada pelo estalo de uma toalha, e outra narrando as repetidas tentativas fracassadas de seu amigo Rodrigo de escapar de Los Angeles. Incapaz de sentir sua empatia habitual, Castaneda é, em vez disso, galvanizado pela finalidade das situações e foge para don Juan, confessando sua nova visão crítica de seus amigos. Don Juan explica que isso é um sinal do “fim de uma era”, que só pode ser completo quando o “rei morre” — ou seja, quando Castaneda finalmente aceita a verdade de que ele é exatamente como os amigos que agora julga.

O Lado Ativo do Infinito – A Visão que Eu Não Podia Suportar Read More »

O Lado Ativo do Infinito – O Encontro Inevitável

Neste capítulo, Castaneda é consumido pela culpa e depressão pela morte de seu amigo antropólogo, Bill, a quem nunca respondeu à última carta. Ele procura don Juan, que revela que “viu” o momento da morte de Bill e que anteriormente havia alertado Castaneda sobre o estado decadente de seu amigo, descrevendo a “brecha” aberta em seu corpo luminoso, um sinal visível para um feiticeiro. Don Juan repreende Castaneda por sua falta de “sobriedade” e por acreditar que tinha tempo infinito, o que o levou a adiar o agradecimento a seu amigo, deixando-o “preso com um fantasma em seu encalço”. O único recurso, explica ele, não é uma cura mágica, mas manter viva a memória de seu amigo. Ele então ensina a Castaneda sobre a natureza da tristeza para um feiticeiro, explicando-a como uma força impessoal e abstrata do infinito que os afeta porque eles não têm mais escudos defensivos. Para ilustrar isso, ele conta a história do Grande Garrick, o comediante mais engraçado do mundo, que, ao ser aconselhado a ver seu próprio show para curar sua melancolia, revela sua identidade, mostrando que não tem cura externa para sua profunda tristeza.

O Lado Ativo do Infinito – O Encontro Inevitável Read More »

O Lado Ativo do Infinito – O Ponto de Ruptura

Neste capítulo, don Juan explica que um feiticeiro precisa de um “ponto de ruptura” para que o silêncio interior realmente se estabeleça. Ele diz a Castaneda que seu ponto de ruptura é deixar seus amigos e todo o seu modo de vida, propondo que ele “morra” isolando-se em um quarto de hotel dilapidado até que sua “pessoa” — sua mente e seus apegos — desapareça. Castaneda inicialmente se recusa, e don Juan o deixa, aparentemente para sempre. Após um período de euforia e liberdade, Castaneda retoma sua vida antiga até que sua identificação completa e assustadora com um amigo autodestrutivo o leva ao seu próprio ponto de ruptura. Ele espontaneamente aluga um quarto em um hotel de Hollywood e fica por meses até que seu antigo eu “morra”. Mais tarde, atolado em uma nova vida sem sentido e contemplando o suicídio, don Juan reaparece. Ele diz a Castaneda que ele finalmente atingiu seu ponto de ruptura e lhe dá uma hora para dissolver sua vida atual antes de encontrá-lo no México. Falhando em cumprir o prazo, Castaneda usa uma técnica para alcançar o silêncio interior e “sonha” que está com don Juan, que confirma que ele fez a jornada não através de um sonho, mas através de seu silêncio interior.

O Lado Ativo do Infinito – O Ponto de Ruptura Read More »

O Lado Ativo do Infinito – As Medidas da Cognição

Neste capítulo, Castaneda explora o choque entre dois mundos cognitivos: o mundo acadêmico do Professor Lorca e o mundo dos feiticeiros de don Juan. Ele se torna um admirador do Professor Lorca, um brilhante acadêmico que leciona sobre a natureza insular de diferentes sistemas cognitivos. Don Juan o adverte contra a admiração à distância e o insta a “testar” o professor para ver se ele vive como um “ser que vai morrer”, argumentando que essa aceitação é a única maneira de ter um verdadeiro domínio sobre o mundo. O Professor Lorca, embora intelectualmente brilhante, propõe um estudo científico para medir e quantificar a cognição dos xamãs. Don Juan acha isso risível, explicando que a cognição de um feiticeiro — baseada na percepção direta da energia — é experiencial e não pode ser medida pelas ferramentas do mundo cotidiano. Ele conclui que o professor é um “cientista imortal” que, por não aceitar verdadeiramente sua própria mortalidade, não pode compreender o caminho dos feiticeiros. Don Juan usa a metáfora de um escravo romano sussurrando “toda glória é passageira” para um general vitorioso, afirmando que para um feiticeiro, esse sussurrador é a própria morte, sua conselheira infalível.

O Lado Ativo do Infinito – As Medidas da Cognição Read More »

O Lado Ativo do Infinito – Agradecendo

Neste capítulo, don Juan atribui a Castaneda uma tarefa final antes que ele possa ser “engolido pelo infinito”: para expiar sua dívida pessoal, ele deve encontrar duas mulheres de seu passado, Patricia Turner e Sandra Flanagan, e dar a cada uma um presente que o deixe sem dinheiro. Castaneda relata seu caótico e emocionalmente devastador relacionamento a três com elas, que terminou com todos os três fugindo um do outro. Depois de contratar um investigador particular, ele as encontra em Nova York. Ele se encontra com cada mulher e, em reencontros emocionantes, cumpre sua tarefa comprando um casaco de vison para Patricia e uma perua para Sandra. No entanto, em vez de se sentir libertado, ele é dominado por um renovado sentimento de perda e autopiedade. Quando relata isso a don Juan, é-lhe dito para vencer sua autopiedade. Castaneda então tem uma revelação final: o verdadeiro propósito da tarefa não eram seus sentimentos pessoais, mas realizar um ato de magia no espírito de um guerreiro-viajante — dizendo obrigado e adeus ao guardar em seu silêncio a memória do que amou.

O Lado Ativo do Infinito – Agradecendo Read More »

Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

Nota do Autor – A Arte de Sonhar Read More »

Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata a explicação de don Juan sobre os princípios fundamentais da feitiçaria, estabelecidos por brilhantes mas obsessivos «feiticeiros da antiguidade». Don Juan contrasta o foco deles no poder concreto com a busca dos feiticeiros modernos pela liberdade abstrata. A principal descoberta dos antigos foi a capacidade de perceber a energia diretamente, que eles chamaram de «ver». Isso levou à identificação da forma de energia humana como um «ovo luminoso» e sua característica crucial: o «ponto de aglutinação», um ponto de brilho que reúne os filamentos da energia universal em nossa percepção do mundo. Castaneda aprende que deslocar este ponto — seja como um «desvio» dentro do ovo luminoso ou um «movimento» para fora dele — é a chave para perceber outros mundos e é a base para a «segunda atenção» e a «arte de sonhar», que é definida como o deslocamento voluntário do ponto de aglutinação durante o sono.

Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar Read More »

O segundo portão do sonhar – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda detalha sua jornada através do «segundo portão do sonhar». Depois de dominar o primeiro portão desenvolvendo sua «atenção de sonhar», ele é instruído por don Juan que a próxima tarefa é aprender a passar de um sonho para outro. Essa prática o leva a sentir sobressaltos de medo, que don Juan revela serem os contatos iniciais com entidades conscientes e não biológicas chamadas «seres inorgânicos». Esses seres são atraídos pela carga energética criada pelos sonhadores. Depois que os sonhos de Castaneda se fixam em dois seres inorgânicos em forma de vela, don Juan o guia para confrontá-los no mundo desperto. Castaneda luta fisicamente com um dos seres, um ato que estabelece uma conexão «aquosa» ou emocional que, segundo don Juan adverte, é perigosa e pode levar à dependência, embora abra a porta para a formação de alianças e a exploração de outros mundos.

O segundo portão do sonhar – A Arte de Sonhar Read More »

Translate »