Carlos Castaneda

O Lado Ativo do Infinito – O Lado Ativo do Infinito

Neste capítulo, Carlos Castaneda visita seu mestre, don Juan Matus, que lhe apresenta a tarefa xamânica de criar um “álbum de eventos memoráveis”. Don Juan explica que tal coleção ajuda um guerreiro a redistribuir sua energia não utilizada, concentrando-se em eventos que são impessoais e universalmente significativos, em vez de egocêntricos. Depois que Castaneda luta e falha em produzir uma história adequada, don Juan o incita a recontar uma memória específica de seu tempo na Itália. Castaneda conta a história de ter sido levado por um amigo a um bordel para ver uma prostituta chamada Madame Ludmilla realizar “figuras em frente a um espelho”. Sua performance triste, desajeitada, mas doce, ao som de uma melodia assombrosa, comove profundamente Castaneda, fazendo-o fugir em desespero. Don Juan confirma que este evento é perfeito para o álbum porque tem o “toque sombrio do impessoal”, refletindo a condição de todos os seres humanos que, à sua maneira, fazem figuras sem sentido em frente a um espelho.

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O Lado Ativo do Infinito – A Viagem de Volta

Este último capítulo do livro detalha a experiência de Castaneda imediatamente após seu salto no abismo. Ele acorda em seu apartamento de Los Angeles sem memória da viagem de volta do México, com o corpo atormentado pela dor, mas a mente estranhamente calma e desapegada. O salto estilhaçou sua percepção linear do tempo e do eu, deixando-o com quase-memórias e a crua constatação de que sua vida antiga acabou. Em uma lanchonete, ele experimenta uma unificação total de seu ser, à medida que todas as suas memórias fragmentadas de estados de consciência elevada se tornam um único fluxo contínuo. Ele entende que essa integração é um resultado direto do salto. Agora ele compreende plenamente sua nova condição como um “guerreiro-viajante”, para quem apenas fatos energéticos importam. Ele sente don Juan não como uma pessoa de quem sentir falta, mas como uma passagem impessoal e silenciosa que ele agora deve percorrer sozinho. O capítulo termina com um homem estranho e mentalmente desequilibrado que grita de terror ao vê-lo, confirmando o novo e alterado estado de ser de Castaneda e sua solidão final.

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O Lado Ativo do Infinito – Um Tremor no Ar: Uma Jornada de Poder

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata os eventos que levaram ao seu primeiro encontro com don Juan Matus. Inicialmente, suas ambições acadêmicas de realizar trabalho de campo sobre plantas medicinais são descartadas por seus professores de antropologia como ultrapassadas e irrelevantes. Sentindo-se derrotado, Castaneda é persuadido por seu amigo e colega antropólogo, Bill, a acompanhá-lo em uma viagem de carro pelo Arizona e Novo México. Durante a jornada, Bill revela um lado oculto e pessoal, compartilhando histórias perturbadoras e inexplicáveis de seus encontros com xamãs que podiam se transformar ou aparecer como aparições, o que afeta profundamente Castaneda. A viagem culmina em uma rodoviária em Nogales, onde Bill aponta para um misterioso velho que ele acredita ser um poderoso feiticeiro. Agindo por um estranho impulso, Castaneda confronta o homem, que se apresenta como Juan Matus e o convida enigmaticamente para um encontro futuro antes de desaparecer em um ônibus. Este breve e poderoso encontro deixa Bill com ciúmes e perplexo, e instila em Castaneda um profundo e desconhecido sentimento de saudade e ansiedade.

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O Lado Ativo do Infinito – A Intenção do Infinito

Neste capítulo, don Juan pede a Carlos Castaneda que relate em grande detalhe sua jornada inicial para encontrá-lo, especificamente seus encontros com dois homens, Jorge Campos e Lucas Coronado. Castaneda descreve como sua busca o levou a Guaymas, onde conheceu Jorge Campos, um carismático, mas enganador, empresário Yaqui que prometeu levá-lo a don Juan por uma taxa exorbitante. Campos primeiro o apresentou a Lucas Coronado, um truculento xamã e fabricante de máscaras Yaqui. Após uma série de eventos manipuladores, Castaneda finalmente encontra don Juan através de Lucas Coronado e seu filho, Ignacio. Ao ouvir a história completa, don Juan revela que Campos e Coronado não foram meros obstáculos, mas partes essenciais de um mapa traçado pela “intenção do infinito”. Ele explica que Campos, o vigarista implacável, e Coronado, o artista sensível e sofredor, representam os dois extremos conflitantes do próprio ser de Castaneda, e que suas ações, guiadas pelo infinito, foram necessárias para levar Castaneda a seu caminho como feiticeiro.

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Espreitando os Espreitadores – A Arte de Sonhar

Carlos Castaneda relata suas dificuldades com o colapso da fronteira da segunda atenção, levando à fadiga e à necessidade de ajuda de don Juan. Don Juan propõe “espreitar os espreitadores” como a tarefa final do terceiro portão do sonhar, que envolve extrair deliberadamente energia do reino dos seres inorgânicos para realizar uma proeza de feitiçaria: uma jornada usando a consciência como um elemento energético. Carol Tiggs se junta a Castaneda para essa empreitada perigosa. A tentativa deles resulta em uma inesperada e aterrorizante abdução de seus corpos físicos para um mundo desconhecido pelos seres inorgânicos, uma armadilha anteriormente preparada para os antigos feiticeiros. Don Juan explica que sua energia combinada, embora substancial, não foi o fator principal em sua jornada; a manipulação dos seres inorgânicos foi. Ele os adverte que sua situação única os torna alvos e os aconselha a evitar um ao outro para evitar futuras abduções. As práticas de sonhar de Castaneda são então reorientadas para ver energia em vários estados.

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O Inquilino – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, don Juan Matus informa a Carlos Castaneda que sua instrução formal no sonhar acabou, mas que ele deve delinear o quarto portal do sonhar. Ele leva Castaneda a uma cidade no sul do México para uma lição final, que deve ser ministrada por um visitante misterioso. Este visitante revela-se ser o «inquilino», um antigo feiticeiro também conhecido como o desafiador da morte. Castaneda é dominado pelo pânico e pela repulsa ao descobrir que o inquilino, que ele havia conhecido anteriormente como um homem, é agora uma mulher. Don Juan explica que para um feiticeiro tão poderoso, o gênero é uma questão de escolha, alcançada pelo deslocamento do ponto de aglutinação. Castaneda deve agora enfrentar o inquilino sozinho para tomar uma decisão sobre aceitar ou rejeitar os «dons de poder» do inquilino, uma escolha que todo nagual em sua linhagem teve que fazer.

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A Mulher na Igreja – A Arte de Sonhar

Depois de ser deixado por don Juan, Carlos Castaneda ajoelha-se na igreja ao lado do desafiador da morte, um feiticeiro antigo que aparece como uma mulher. Inicialmente aterrorizado, fica hipnotizado pela sua voz e presença. Ele oferece-lhe a sua energia livremente, mas recusa os seus «dons de poder» obrigatórios. A mulher puxa-o então para a segunda atenção, revelando a igreja e a cidade como existiam numa época diferente, um produto da sua própria intenção. Ela explica a arte dos feiticeiros de criar reinos verdadeiros no sonhar através da visualização e da técnica das «posições gémeas». Castaneda explora este mundo onírico tangível com ela, aprendendo que só ela gera energia dentro dele. A experiência culmina numa percepção aterradora de que a sua realidade atual também pode ser um sonho partilhado, fazendo-o perder a consciência numa descida em espiral para a escuridão.

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Voando nas Asas do Intento – A Arte de Sonhar

Após um encontro prolongado com o desafiador da morte, Carlos Castaneda acorda e encontra a sua colega aprendiz, Carol Tiggs, a cuidar dele. Desorientado e parcialmente paralisado, ele descobre por ela que está num hotel depois de ter sido encontrado nu perto da igreja. A Carol, exibindo uma nova lucidez, explica que ambos estão a intencionar na segunda atenção, um dom do desafiador da morte que lhes permite sonharem-se noutro tempo. Castaneda é consumido por afeto por ela, mas é logo sugado para um vórtice. Mais tarde, acorda sozinho e descobre, por um don Juan angustiado, que esteve desaparecido durante nove dias e que a verdadeira Carol Tiggs nunca esteve lá. Don Juan deduz que o desafiador da morte usou a sua própria energia e a de Castaneda para criar uma «Carol de sonho» de puro intento, e que tanto a Carol real como o desafiador da morte se fundiram agora e escaparam deste mundo, voando nas «asas do intento» — um dom abstrato e um destino agora partilhado com Castaneda.

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Nota do Autor – A Arte de Sonhar

Nesta nota introdutória, Carlos Castaneda esclarece seu uso do termo «feitiçaria» para descrever os ensinamentos de seu mentor, don Juan Matus, distinguindo-o das definições convencionais. Ele explica que para don Juan, a feitiçaria consiste em manipular a percepção para acessar outros mundos reais, uma prática chamada «a arte de sonhar». Castaneda relata suas próprias experiências aprendendo esta arte, suas interações com dois grupos distintos de aprendizes e os desafios de reconciliar suas experiências na «segunda atenção» com a realidade cotidiana. Ele afirma que o propósito deste livro é reorganizar e apresentar as lições de don Juan sobre o sonhar de forma linear, possibilitada por anos de prática dedicada, e finalmente explicar o legado que don Juan deixou para seus últimos alunos como um ato de gratidão.

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Feiticeiros da antiguidade: uma introdução – A Arte de Sonhar

Neste capítulo, Carlos Castaneda relata a explicação de don Juan sobre os princípios fundamentais da feitiçaria, estabelecidos por brilhantes mas obsessivos «feiticeiros da antiguidade». Don Juan contrasta o foco deles no poder concreto com a busca dos feiticeiros modernos pela liberdade abstrata. A principal descoberta dos antigos foi a capacidade de perceber a energia diretamente, que eles chamaram de «ver». Isso levou à identificação da forma de energia humana como um «ovo luminoso» e sua característica crucial: o «ponto de aglutinação», um ponto de brilho que reúne os filamentos da energia universal em nossa percepção do mundo. Castaneda aprende que deslocar este ponto — seja como um «desvio» dentro do ovo luminoso ou um «movimento» para fora dele — é a chave para perceber outros mundos e é a base para a «segunda atenção» e a «arte de sonhar», que é definida como o deslocamento voluntário do ponto de aglutinação durante o sono.

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