Don Juan Matus

O Presente da Águia – Prólogo

No prólogo de sua obra, Carlos Castaneda narra a mudança de seu foco acadêmico da antropologia para uma jornada pessoal no mundo da feitiçaria, sob a tutela de Don Juan Matus e Don Genaro Flores. Após a partida de seus mestres, Castaneda descobre outros nove aprendizes que agora esperam que ele assuma o papel de seu líder, o Nagual. Essa nova responsabilidade, marcada por intensos conflitos com os outros aprendizes, o força a um estado de profunda autodescoberta e o obriga a revisar detalhadamente tudo o que aprendeu sobre a arte de sonhar e a arte da espreita, a fim de guiar o grupo.

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O Presente da Águia – O Outro Eu – A Fixação da Segunda Atenção

Neste capítulo, Carlos Castaneda discute sua visita às figuras atlantes de Tula com os outros aprendizes. Isso leva la Gorda a recontar uma experiência aterrorizante com uma pedra de poder de outras ruínas, que resultou em Don Juan enterrá-la por nove dias para protegê-la da «fixação da segunda atenção» de seu falecido dono. A conversa revela os perigos de sítios antigos, que podem agir como armadilhas para a segunda atenção, e as duas faces de sua fixação: a maligna, focada no poder mundano, e a outra, focada na jornada para o desconhecido. O capítulo explora os conceitos das três atenções, do corpo luminoso e do não-fazer, enquanto destaca a crescente tensão dentro do grupo e sua expectativa de que Castaneda aja como o Nagual.

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O Presente da Águia – O Outro Eu – Ver Juntos

Neste capítulo, Castaneda experimenta uma crise física e mental que la Gorda identifica como ele estar «perdendo a forma humana». A tensão culmina quando Pablito foge, forçando Castaneda a afirmar sua autoridade de Nagual ao confrontar fisicamente os outros aprendizes; durante essa confrontação, ele tem uma revelação e os *vê* como seres luminosos pela primeira vez. Mais tarde, em uma viagem a Oaxaca com la Gorda, a memória de Don Juan e uma profunda conexão emocional entre eles catalisam uma visão compartilhada e sustentada das pessoas como «ovos luminosos». Eles percebem que alcançaram o «ver juntos», um marco significativo, e la Gorda insiste que devem permanecer em silêncio sobre a experiência para preservar o poder que ganharam, insinuando um passado compartilhado que Castaneda ainda não consegue se lembrar.

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O Presente da Águia – A Perda da Forma Humana

Neste capítulo, Castaneda passa por uma provação física angustiante que ele e la Gorda identificam como a «perda da forma humana» final, resultando em um profundo estado de desapego de guerreiro que apaga seus ressentimentos passados. Esse novo estado de ser atua como um catalisador, desbloqueando uma memória crucial e completamente esquecida da «mulher Nagual» — uma contraparte serena e poderosa de Don Juan que era, na verdade, a parceira de Castaneda. A revelação chocante de que eles poderiam ter esquecido uma figura tão fundamental mergulha ambos em um ciclo de luto compartilhado, raiva e medo, à medida que começam a lidar com a verdadeira e aterrorizante extensão das manipulações de Don Juan em suas memórias e em seus próprios seres.

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O Presente da Águia – Sonhar Juntos

Neste capítulo, para superar sua angústia compartilhada, Castaneda e la Gorda decidem tentar «sonhar juntos». Castaneda descreve seus quatro estágios do sonhar antes de entrarem com sucesso em um sonho compartilhado, que é uma memória vívida de Don Juan designando la Gorda a Castaneda como uma tarefa para dominar seu egoísmo. Essa experiência também desencadeia a memória de outro membro esquecido de seu grupo, Vicente. A revelação os força a uma análise detalhada da arte do sonhar, explorando conceitos como a segunda atenção, o não-fazer, o corpo de sonho e a vontade. A discussão culmina com a revelação de la Gorda de que a vontade é o controle do «outro eu», e que Silvio Manuel era o mestre supremo dela, um ser que existia permanentemente em seu outro eu e que comandava o próprio intento.

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O Lado Ativo do Infinito – Além da Sintaxe: O Condutor

Neste capítulo, don Juan apresenta a Castaneda a técnica de feitiçaria da “recapitulação” — um relato formal e meticuloso de toda a vida de uma pessoa a fim de criar um “espaço” para novos conhecimentos. Ele explica a visão dos feiticeiros sobre o universo, onde a percepção é montada no “ponto de aglutinação” à medida que os filamentos de energia do “mar escuro da consciência” são interpretados. O objetivo da recapitulação é oferecer as experiências de vida de alguém de volta a essa consciência cósmica no momento da morte, salvando assim a força vital da pessoa. Para iniciar este processo, don Juan diz a Castaneda que ele deve primeiro encontrar um “introdutor”, uma única memória poderosamente clara que iluminará todas as outras. Deixado para a tarefa, Castaneda recorda vividamente um evento formativo de sua infância: ser um prodígio do bilhar secretamente empregado por um notório jogador, Falelo Quiroga. Este acordo culmina quando Quiroga exige ameaçadoramente que Castaneda perca propositalmente uma partida de altas apostas. Antes que Castaneda seja forçado a escolher, sua família se muda, deixando o dilema sem solução. Don Juan explica que esta memória é o introdutor perfeito, pois encapsula o conflito central e não resolvido da vida de Castaneda: estar preso entre o desejo de abraçar o infinito e o impulso simultâneo de fugir dele.

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O Lado Ativo do Infinito – Viagens através do Mar Escuro da Consciência

Neste capítulo final do livro, don Juan esclarece que o “sonho-fantasia” anterior de Castaneda de encontrá-lo na cidade foi, em termos de feitiçaria, uma “jornada através do mar escuro da consciência” real, possibilitada por seu silêncio interior acumulado. Ele diferencia isso de “sonhar”, a arte de deslocar deliberadamente o ponto de aglutinação para perceber outros mundos. Guiado por don Juan, Castaneda empreende uma jornada deliberada a partir do silêncio interior, encontrando-se transportado para uma cidade Yaqui hostil onde de repente consegue entender sua língua, não palavra por palavra, mas em padrões de pensamento. Em seguida, ele se encontra em outra cidade, onde percebe as pessoas não como ovos luminosos, mas como estranhos núcleos insectoides de formas geométricas com um filamento semelhante a uma corda no topo. Após essas jornadas inexplicáveis que quebram a continuidade do tempo, don Juan explica que este é o efeito do silêncio interior: ele permite viajar através do mar escuro da consciência, guiado pela força do intento.

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O Lado Ativo do Infinito – A Consciência Inorgânica

Neste último capítulo do livro, don Juan revela que é o líder de um grupo de quinze feiticeiros. Ele então apresenta a Castaneda o conceito de “consciência inorgânica”, explicando que nosso mundo é um mundo gêmeo, coexistindo com um mundo complementar povoado por “seres inorgânicos” — entidades que possuem consciência, mas não organismo. Ele classifica ainda esses seres, distinguindo os “primos de primeiro grau” de nosso mundo gêmeo dos “batedores” ou “exploradores” das profundezas do universo, alguns dos quais os feiticeiros chamam de “aliados”. Para dar a Castaneda uma experiência direta, don Juan o guia em outra jornada a partir do silêncio interior. No deserto de Sonora, Castaneda encontra dois seres que se identificam como seus aliados. Ao encará-los, ele consegue ver além de sua aparência humana para perceber sua verdadeira forma: manchas vibrantes e informes de luminosidade. Don Juan explica que isso é ver a energia diretamente, e que nossa cognição normal limita nossa percepção ao interpretar tudo. Ele instrui Castaneda a, doravante, encarar qualquer aparição com uma atitude inflexível para ver sua verdadeira natureza energética.

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O Lado Ativo do Infinito – A Visão Clara

Neste último capítulo do livro, Castaneda se encontra em um dilema, incapaz de lidar com o mundo das pessoas comuns após ser influenciado por don Juan. Sua nova percepção o leva a julgar a todos pelos padrões de impecabilidade de don Juan, o que causa uma crise em sua vida acadêmica e pessoal. Ele relata suas experiências com um chefe gentil mas passivo, Ernest Lipton, cuja impotência lhe lembra seu próprio pai. Don Juan o aconselha que o problema não está nos outros, mas em sua própria “autorreflexão”. O clímax ocorre um dia no campus da UCLA, quando Castaneda é dominado por um estranho tremor, perde sua visão normal e, pela primeira vez, “vê” conscientemente a energia diretamente — percebendo as pessoas como esferas luminosas e peludas. Ele tem a chocante revelação de que sempre percebeu a energia desta forma, mas nunca esteve ciente disso. A experiência termina com ele acordando inexplicavelmente em seu apartamento a quilômetros de distância. Don Juan confirma que ele “parou o mundo”, viajou a partir do silêncio interior e experimentou a “visão clara” ou “perder a forma humana”, deixando-o com a enlouquecedora questão do que o impediu de acessar essa percepção por toda a vida.

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O Lado Ativo do Infinito – Sombras de Lama

Neste último capítulo do livro, don Juan apresenta a Castaneda o que ele chama de “o tópico dos tópicos”: um predador das profundezas do cosmos que assumiu o controle da vida humana. Ele explica que os feiticeiros podem ver esses seres como sombras escuras e fugazes, as quais ele encoraja Castaneda a perceber. Segundo don Juan, esses predadores, ou “voladores”, consomem a “camada brilhante de consciência” que envolve os seres humanos, deixando apenas uma franja estreita que é o epicentro de nossa autorreflexão. Eles mantêm os humanos dóceis e fracos, dando-nos sua mente — uma instalação estrangeira cheia de contradição, cobiça e covardia — e depois se alimentam das labaredas de consciência produzidas por nossos problemas fúteis e egocêntricos. Don Juan afirma que o único impedimento é a disciplina, que torna a consciência de um feiticeiro intragável. O objetivo final é sobrecarregar a “mente do volador” com o silêncio interior até que ela fuja permanentemente. Para dar a Castaneda uma experiência direta, don Juan o guia para “ver” um volador a partir de um estado de silêncio interior, resultando em um encontro aterrorizante com uma “sombra de lama” gigantesca e saltitante que deixa Castaneda física e emocionalmente arrasado, chorando pela impotência da humanidade.

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