“Tudo no caminho do conhecimento são processos de separar joio do trigo, de separar as atenções misturadas… para despertar a nossa conscientização em um nível de densidade diferente… e depois reunir ambas atenções em um novo arranjo.

Podemos ficar muito e muito tempo no engano de achar que temos que transformar nossa 1a atenção em 2a atenção, e nos decepcionar dia a dia constatando que a 1a atenção segue com as rédeas nas mãos. Justamente porque confiamos a ela a missão impossível de achar uma forma de se transformar na 2a. A 1a atenção não pode se transformar em 2a não importa o quanto se esforce ou quanto tempo leve, e vice-versa, são atenções diferentes, operando em níveis de densidade diferentes. Tudo que se pode fazer é parar a 1a atenção para que então a “sensação” da 2a emerja, e é justamente o que a 1a atenção evita ao se manter como encarregada da missão de parar a si mesma.

Como é que ela pode ficar parada, tentando e tentando?

Então é dada à 1a atenção a tarefa de se disciplinar: de obter controle sobre si mesma, saber se concentrar, organizar sua visão de mundo, pra otimizar seu consumo de tempo e reduzir suas necessidades ao mínimo. Ao mesmo tempo é incitada a ser impecável e dar o melhor de si para conseguir “Ver”. Uma hora se percebe que a única coisa a se fazer é conseguir parar as atividades da 1a atenção para retornar à sua fonte. E assim cedo ou tarde, levem anos ou décadas, nas condições certas de temperatura e pressão, acabamos por encontrar a 2a atenção.

A desidentificação completa das atividades de uma atenção incita o despertar da seguinte. Então a negação da realidade de uma atenção é um processo normal, para que a atenção seguinte possa ser distinguida e reconhecida. Como ocorre na perda da forma humana. Depois através do intento, podemos nos reidentificar enquanto a nova atenção. Esse é uma dica preciosa.

Quando ela está “firme” e “cristalizada” a nova atenção pode enfim deixar de negar a anterior, e integrá-la e absorvê-la para a sua própria perspectiva.”

– Jeremy Christopher

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