Os seres humanos são criaturas de inventário.

O primeiro e principal erro que seres humanos cometem é confundir seus inventários com “a” Realidade.

Em seguida, tirar conclusões definitivas a respeito da Realidade com base nos seus inventários.

Cometemos esse erro porque nosso inventário se TORNA a nossa experiência.

E achamos que, se é a nossa experiência, então é real.

A partir daí, geralmente começamos a cultuar o nosso inventário como se fosse ou devesse ser “A” verdade absoluta válida pra toda a humanidade.

Nós criamos e atribuímos significados de acordo com a posição do nosso ponto de encaixe.

Assim sendo eles nunca são percepções absolutas, e nem conclusões definitivas.

Quando achamos que são, é porque algo essencial em nós adormeceu.

Nossa inteligência, aquilo em nós que testemunha, que “navega” entre sonhos mas não é um sonho,
se esqueceu de si em um dos muitos sonhos possíveis.

Ficamos agarrados e presos numa posição e numa descrição particular das coisas.

As visões que temos da Realidade, baseadas em posições do ponto de encaixe,
nunca são a ÚNICA maneira possível de perceber e descrever a Realidade.
Não são absolutas pra todos os seres vivos.

É uma experiência em meio a um infinito de perspectivas e experiências possíveis.

? Existe um mundo lá fora que é exatamente o mesmo pra todos,
quando a experiência particular que cada um tem do mundo é determinada pela posição em que o ponto de encaixe de cada um se encontra?

? Ou existem inúmeras versões de mundo, uma pra cada ponto de encaixe…
e isso que nos rodeia é em si um mistério, anterior às descrições?

A concordância geral é uma espécie de “ilusão de ótica”:

Pelo condicionamento da espécie, aprendemos a criar visões de mundo parecidas.

Mas não importa quão parecidas sejam,
nossa experiência continua sendo uma criação individual.

E vemos isso nos pequenos detalhes, nas pequenas (e grandes) discordâncias do dia a dia.

O desafio de uma guerreira / guerreiro é acordar essa inteligência adormecida.

Toda batalha contra o sentimento de importância pessoal, todo ato de desprendimento, todo ensonho, é um meio
de se desgarrar dessa descrição onde ela ficou desconfortavelmente entorpecida
e de provocá-la a se conscientizar de si,
essa inteligência que não é uma história,
não é uma sensação,
não é uma experiência particular,
não tem nome, forma, cor,
que está livre do sonho,
e é o conhecimento que conhece cada sonho e experiência.

São com os olhos dessa inteligência, e não apenas com os do corpo que vestimos como parte do sonho, que é possível ver através dos sonhos e descrições e conhecer a Realidade.

J. Christopher

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