Quando lemos sobre as contemplações nos livros de C.C, percebe-se, ao praticá-las, que elas possuem o intento de acumular silêncio interior, mas elas acabam tendo outro efeito sobre nós:

A mudança de perspectiva.

Geralmente nos atemos tanto a descrição de mundo que nos dão, que ficamos fixados em uma perspectiva, sempre olhando para as folhas da árvores, por exemplo, e nunca para o espaço entre as folhas, observando assim, o céu por entre a folhagem.

Contemplar o espaço entre a folhagem nos leva a mudança de perspectiva do mundo e essa mudança causa um impacto na percepção e permite a acumulava do silêncio interior, mas com o tempo isso se torna apenas mais uma perspectiva do mundo, em detrimento da que aprendemos antes.

É possível, porém, dar um passem além de ambas as perspectivas, e ao invés de ficar atrelado a uma ou outra perspectiva, passar a observar a totalidade da imagem, juntando as duas perspectivas em uma só e passando a olhar para a árvore como um todo, olhando para as folhagens, para o espaço por entre as folhagens e toda a totalidade da imagem.

— Luarin Gallanodel

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