O tempo linear é talvez a maior das ilusões no reino humano. Do ponto de vista da energia só existe o agora. A razão e a memória imaginam um passado e um futuro, mas tudo que conhecemos “foi”, é e “será” agora.
Só existe o agora e TUDO existe agora.
O “passado” “aconteceu” agora, o “futuro” “acontecerá” agora. O agora absoluto é a única realidade de toda e qualquer experiência. E todas as possibilidades existem e acontecem nele. O que chamamos de passado e futuro são apenas posições perceptivas que existem todas ao mesmo tempo no agora.
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A nossa individualidade é a percepção.
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A pedra angular do tempo é a focalização da percepção no seu conteúdo (2a e 1a atenção), na realidade aparente. A partir do momento que a percepção se enfoca em si mesma, que o ponto de encaixe desperta, no mesmo momento o tempo cessa.
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A percepção flutua no infinito mar de possibilidades do agora, sem nunca sair do agora. Ela apenas alinha a cada instante uma das suas infinitas possibilidades, e outra, e outra, e outra, e a esse fluxo chamamos de tempo.
A memória ordena essas percepções sequencialmente criando uma impressão de linearidade, mas, de fato, tudo está acontecendo sempre agora.
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A fixação da percepção numa mesma faixa de alinhamentos cria um acumulado de memórias, que, por sua vez, reforça a noção de uma linearidade sequencial. Quando começamos a acreditar na linearidade do tempo, reforçamos o intento de manter o ponto de encaixe fixado ali onde está, numa sequência aparentemente lógica e consistente de acontecimentos. Mas essa sequência lógica pode ser rompida a qualquer momento com um movimento do ponto de encaixe.
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Às vezes movemos o ponto de encaixe, ao ensonhar, pra posições de ensonho onde recuperamos a memória de já ter sonhado aquele alinhamento muitas e muitas vezes. Temos uma impressão de linearidade ali e esquecemos das outras “linhas temporais” que vivenciamos em outras posições.
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Existem inúmeros alinhamentos, ensonhos, ao nosso alcance. Tudo que podemos imaginar e até o que não podemos imaginar, tudo que pode existir e poderia ter existido já existe potencialmente no infinito. São alinhamentos que estão a um movimento do ponto de encaixe de distância, como uma infinitude de realidades paralelas. Elas podem ser tão próximas que parecem apenas uma pequena mudança de perspectiva, ou tão grandes que a forma do nosso tonal e o mundo que percebemos mudam completamente. É o ato de intentar que move e alinha nossa percepção com essas outras perspectivas de realidade. Nos alinhamos com determinada frequência mudando nossa própria frequência / convicção / percepção para combinar com a do alinhamento que intentamos, independentemente das circunstâncias que presenciamos no presente.

Tudo pode começar com uma simples mudança de interpretação.

Luno Maroscuro

Fonte: https://www.facebook.com/Luno-Maroscuro-106079237749693/

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