“Ver o “molde” humano como resultado do acúmulo de energia é uma conquista gigantesca no caminho do guerreiro e guerreira. É um evento inesquecível! E um verdadeiro divisor de águas numa vida até então de incertezas, buscas, esforços e confusão. O coroamento do intento inflexível em seguir passo a passo cada desafio da jornada. É o envelope que engloba tudo aquilo que o e a guerreira-vidente percebem ser. Tudo que conhecemos e podemos vir a conhecer enquanto humanos existe no Molde. Isso dá a impressão de se chegou à fonte final de tudo. Mas não é o fim dos desafios!
 
O Molde parece ser estável, seguro, unificador, luminoso. Parece ser um Oásis de amor. Um lugar não só desejável mas excelente pra “amarrar o burro”. Os mais sóbrios e sóbrias videntes se sentem tentados a acreditar ter descoberto A Verdade absoluta e o Criador/a quando Vêem o Molde, e os mais impulsivos ficam convictos disso. A maior parte dos textos sagrados religiosos que falam de amor, unidade e devoção são inspirados por visões do Molde. Depois que o Vê, a guerreira-vidente ainda passa por uma fase oscilando entre a visão do Molde e da Forma Humana, mas cada vez mais firmando o intento do Molde.
 
Essa identificação marca o fim da dualidade interna do Tonal, da nossa visão de mundo material, e traz um sabor de imortalidade enganoso, de uma realização incompleta. Mas o Vidente, calejado pelo seu treinamento de espreita, não se entrega a nada; E após o impulso inicial se recupera e passa a espreitar o Molde.
 
Como o nagual Juan Matus alerta, o Molde é só um ponto de repouso temporário pro ponto de encaixe. Ele não é um criador onipotente nem a fonte final de toda a percepção. Para se reunir com o Duplo, é preciso transcender o Molde.
Espreitando o Molde, os videntes chegam a um ato supremo de sobriedade onde desafiam os limites da Luz…”

(Jeremy Christopher)

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